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Justiça decreta prisão de CACs que rastrearam e mataram ladrão em SP

Após ter carro roubado, atirador desportivo chamou filhos e amigos para perseguir assaltantes e atirar contra eles em plena luz do dia, na zona oeste da capital

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CACs rastrearam e atiraram contra ladrões em plena luz do dia, na zona oeste de São Paulo | Reprodução
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A Justiça de São Paulo decretou a prisão preventiva dos dois CACs (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador) e outros três homens que rastrearam um carro roubado e mataram um ladrão em plena luz do dia, na zona oeste de São Paulo. Câmeras de segurança registraram toda a ação.

Funcionários de uma empresa de comércio eletrônico faziam uma entrega quando foram abordados por criminosos, em um carro cinza. Eles rendem o motorista e começam a roubar mercadorias. Uma caminhonete então se aproxima, e homens armados descem disparando contra os criminosos. Um dos ladrões consegue fugir, enquanto outro, que estava com as mãos para o alto, é baleado.

O suspeito ferido é arrastado e colocado na caçamba da caminhonete. Minutos depois, o veículo foi parado pela Guarda Civil Metropolitana, com o suspeito baleado na carroceria. Ele morreu no local. O grupo que estava no veículo foi levado para a delegacia.

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Os envolvidos foram identificados como Laércio das Neves, dois filhos dele, Leandro e Alexandre das Neves, além de Renato Filgueiras e Erivaldo de Oliveira. Laércio e mais um dos homens possuem registros de CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador). Horas antes, Laércio havia tido o carro roubado pelos mesmos criminosos e, com a ajuda de um rastreador, localizou o veículo, que estava sendo usado no roubo.

Em depoimento, os homens alegaram que reagiram a uma troca de tiros e tentaram socorrer o homem ferido antes de serem abordados, mas imagens contestam essa versão e mostram uma possível execução. Para a polícia, os cinco agiram como um grupo de extermínio.

"As imagens do condomínio deixam claro que não houve troca de tiros, mas uma execução", afirmou o delegado Leonardo Schwartz de Simone.

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O grupo foi indiciado por homicídio doloso, tentativa de homicídio e fraude processual, por retirarem o corpo do local para simular uma outra situação. Se condenados, podem pegar até 30 anos de prisão. A reportagem do SBT não localizou a defesa dos cinco homens.

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