Jovem morta após encontro com jogador teve ruptura do Saco de Douglas; entenda
Informação está no atestado de óbito da vítima, que morreu após sofrer quatro paradas cardiorrespiratórias e hemorragia
Livia Gabriele da Silva Matos, jovem que morreu após encontro com o jogador do sub-20 do Corinthians Dimas Cândido de Oliveira Filho, teve ruptura de fundo do Saco de Douglas, aponta o atestado de óbito. A informação foi revelada ao SBT pelo advogado da família, Alfredo Porcher.
A vítima tinha 19 anos e morreu na noite de terça-feira (30), após ter uma hemorragia durante relação sexual com o atleta e sofrer paradas cardiorrespiratórias. A jovem estava no apartamento dele e foi encaminhada ao Hospital Municipal do Tatuapé, na zona leste de São Paulo, onde não resistiu a uma quarta parada cardíaca.
Saco de Douglas
Localizado no fundo da vagina, na região entre o útero e o reto das mulheres, o Saco de Douglas é uma parte mais delicada da anatomia feminina, mas não a ponto de romper durante uma relação sexual. É o que explica a vice-presidente da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (SOGESP), a ginecologista Marair Sartori.
"O fundo do Saco de Douglas é uma expressão que usamos para o local que fica entre o útero e o reto, entre o intestino. Fica no fundo da vagina. É onde temos o colo do útero e, ao redor dele, a escavação vaginal. Então, na verdade, é uma área mais frágil da vagina, mas não é frágil a ponto de romper durante uma relação sexual"
Segundo a médica, é raro que ocorra a ruptura do fundo do Saco de Douglas durante uma relação sexual, mas acontece. Contudo, não é normal, nem comum.
"Em geral, uma ruptura vaginal após relação sexual ocorre quando houve alguma cirurgia vaginal prévia, então a paciente tem algum tipo de fraqueza na parede da vagina, que, durante a relação sexual, pode romper. É mais comum acontecer em mulheres que já tiveram cirurgias que envolveram pontos na parede da vagina", explica.
A morte de Livia Gabriele da Silva Mato é investigada pela 5ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM). Os agentes aguardam os resultados dos exames de necropsia, sexológicos e toxicológicos para esclarecer todas as circunstâncias do caso, registrado como morte suspeita.