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Igreja diz que solicitou vistoria 2 dias antes de desabamento em Salvador; Iphan rebate

Giulia Panchoni Righetto, de 26 anos, visitava a cidade e morreu na queda do teto

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Teto de igreja desaba no Pelourinho, em Salvador
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A Igreja e Convento de São Francisco, no Pelourinho - cujo forro do teto desabou nesta quarta-feira (5), resultando na morte de uma jovem turista de 26 anos -, havia solicitado, há apenas dois dias, ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), instruções sobre como proceder na basílica. Em carta obtida pela equipe de jornalismo do Grupo Aratu, enviada na última segunda-feira (3), o diretor do templo, Frei Pedro Júnior Freitas da Silva, solicitou a "realização de visita técnica para avaliação da situação e encaminhamentos necessários à sua preservação".

+ PF vai apurar desabamento de teto de igreja que matou turista em Salvador

Nota igreja desabamento.jpg
Nota igreja desabamento.jpg

À Superintendência do IPHAN na Bahia,

Prezados,

Gostaríamos de informar que foi identificada uma dilatação no forro do teto da Igreja de São Francisco, no Pelourinho. Considerando a importância histórica e artística desse patrimônio, solicitamos a realização de uma visita técnica para avaliação da situação e encaminhamentos necessários à sua preservação.

Pedimos, ainda, orientações sobre as possíveis soluções para o problema, garantindo que qualquer intervenção siga os critérios técnicos e de conservação exigidos para bens tombados.

Ficamos à disposição para fornecer mais detalhes e agendar a melhor data para a visita.

Obs.: Segue em anexo alguns registros que apontam o estado mencionado anteriormente.

Atenciosamente,

Comunidade Franciscana da Bahia

O que diz o Iphan

O superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Hermano Fabricio Oliveira Guanais, afirmou à imprensa, na tarde desta quarta-feira (5), que a gestão da Igreja de São Francisco, no Pelourinho, em Salvador, é de responsabilidade da própria igreja.

Hermano argumentou que o Iphan não tem a responsabilidade direta de fiscalizar o local de forma contínua, agindo apenas quando é acionado. "A gestão desses templos todos são da própria igreja. Não é o poder público que vai alimentar essas ações de fiscalização o tempo inteiro, porque cada proprietário que cuida do seu. Quer dizer, você cobra um ingresso para entrar, então você investe nesse tipo de gestão que faz parte de qualquer outro bem que recebe público", explicou.

"Não é um procedimento cotidiano. É um procedimento de acordo com algum tipo de dificuldade", acrescentou, falando que a vistoria do Iphan é realizada a partir de um chamado.

Hermano Guanais pontuou, ainda, que se tratava de um "risco iminente", e não "aparente". "Como qualquer tipo de acidente, você não prevê de alguma forma que ele vá acontecer assim dessa forma, então eles não tinham ciência pelo visto de que havia um problema relacionado ao forro [especificamente]", disse.

Interdição e investigação

A Igreja de São Francisco, um dos principais pontos turísticos de Salvador, foi interditada após o acidente. O caso está sob investigação do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), e laudos periciais devem esclarecer as causas do desabamento. A família de Giulia foi informada e deve chegar a Salvador nos próximos dias para acompanhar as investigações e providenciar o traslado do corpo.

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