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Hospital promete maior fiscalização após médicos fraudarem o ponto em Porto Alegre

11 profissionais foram demitidos depois que uma investigação comprovou que eles batiam o ponto, mas iam embora, deixando os pacientes sem atendimento

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Médico foi flagrado passeando depois de bater o ponto em hospital
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A direção do Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Porto Alegre, vai fiscalizar com mais rigor a entrada e saída de médicos. 11 profissionais foram demitidos depois que uma investigação comprovou que eles batiam o ponto, mas iam embora, deixando os pacientes sem atendimento.

O hospital estuda se os médicos vão ter que ressarcir a instituição por estarem sendo pagos sem trabalhar e apura quantos pacientes ficaram sem consulta por causa das fraudes. Medidas também foram tomadas para aprimorar os mecanismos de controle da jornada de trabalho dos funcionários.

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"A gente ampliou a capacidade de armazenamento das câmeras para que tão logo a gente tenha uma situação parecida a gente consiga apurar de pronto", afirma Maicon Silva, gerente jurídico do hospital. As entradas e saídas dos profissionais também devem ser monitoradas pelo crachá.

Um vídeo feito por um agente da Polícia Federal durante a investigação mostra, por volta do meio-dia, um médico do hospital chegando em uma academia. Ele sai do local por volta de 15h. Mais cedo, no mesmo dia, o profissional bateu o ponto de início da jornada de trabalho por volta de 8h45 e deixou o local menos de 10 minutos depois.

O relatório final aponta que esse médico foi na mesma academia 93 vezes enquanto deveria estar no hospital. Além de demitidos, os 11 funcionários foram indiciados pela Polícia Federal. Eles recebiam um salário entre R$ 14 mil e R$ 31 mil.

"Eles teriam obtido uma vantagem indevida e essa vantagem é fazer crer o estabelecimento que eles estavam lá cumprindo algo que eles não estavam cumprindo. E, obviamente, se eles faziam crer que eles estavam no local, eles faziam crer que eles faziam jus àquela remuneração. Então eles não estavam recebendo nenhum desconto na sua folha de pagamento, quando se fosse o caso da realidade, eles deveriam ter recebido", afirma o delegado Eduardo Dalmolin Bollis.

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