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Homem forja próprio sequestro para extorquir os pais e pagar dívidas de jogo

Suspeito enviou áudios falsos para a mãe afirmando que teria a mão decepada caso não conseguisse o dinheiro

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Um homem de Santo André, no ABC Paulista, forjou o próprio sequestro na tentativa de extorquir os pais e conseguir dinheiro para pagar dívidas de jogos de azar e de cartão de crédito. O caso foi solucionado pela 1ª Delegacia da Divisão Antissequestro (DAS) do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope) de São Paulo, após mais de 12 horas de buscas.

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De acordo com os investigadores, o homem saiu de casa, em Santo André, e foi até a residência de um amigo em São Bernardo do Campo, também no ABC. De lá, ele iniciou contato com a mãe, que é comerciante, pedindo dinheiro e simulando estar em cativeiro.

Para tentar sensibilizar a mãe, o suspeito chegou a enviar áudios fingindo estar sendo agredido e torturado.

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Em um dos áudios, ele dizia: "Ô mãe, me ajuda, mãe. Eles me sequestraram, eu tô agoniado, eu quero ir pra casa, por favor, mãe, me ajuda. Eles falaram assim: se mandar o resgate, eles me liberam, mãe. Por favor, me ajuda, mãe. Eu tô com frio, tô com fome, eu quero ir pra casa".

Assustada, a mãe procurou a polícia, que rapidamente identificou contradições na história. Uma das primeiras evidências foi uma imagem de câmeras de segurança mostrando o homem saindo de casa tranquilamente no meio da tarde, o que contradizia o relato de sequestro.

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Além dos áudios, o homem usou o celular do amigo para enviar mensagens aos pais, dizendo que os "bandidos" ameaçavam cortar sua mão. Em outro momento, chegou a reclamar com a mãe por ter transferido apenas R$ 50, demonstrando irritação com a demora nas transferências bancárias.

As buscas começaram à noite e se estenderam até a madrugada, quando o homem foi encontrado no suposto cativeiro, que, na verdade, era a casa do amigo. Ele foi levado à delegacia, onde confessou a farsa e explicou que o motivo era o acúmulo de dívidas com jogos e cartão de crédito.

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O homem já havia solicitado dinheiro aos pais em outras ocasiões, mas teve o pedido negado. Após prestar depoimento, foi liberado, mas poderá responder por estelionato. O amigo declarou não saber da simulação e também foi liberado.

O caso continua sob investigação pela 1ª Delegacia Antissequestro da capital paulista.

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