Vídeo de câmera corporal de policial muda classificação de morte de jovem em baile funk em SP
Imagens mostram agente atingindo o pescoço da vítima com fuzil; caso, registrado em fevereiro de 2024, passou de homicídio culposo para doloso
Primeiro Impacto
Imagens da câmera corporal de um policial militar foram fundamentais para que uma morte até então tratada como homicídio culposo, quando não há intenção de matar, fosse reclassificada como homicídio doloso, quando há intenção de matar. O caso aconteceu em fevereiro de 2024, na zona norte de São Paulo.
Na ocasião, o motociclista Matheus de Menezes Simões, de 21 anos, foi morto pelo tenente Gabriel Dantas, durante a dispersão de um baile funk na Vila Brasilândia.
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No novo registro, é possível ver o momento em que o policial atinge a região do rosto e pescoço da vítima com o cano do fuzil. A arma não disparou, mas o impacto causou ferimentos graves em Matheus, que sofreu uma hemorragia e morreu ainda no local.
À época, o policial alegou que deu ordens verbais de parada, que não foram obedecidas pela vítima e um colega. Em um certo momento, a moto teria ido ao encontro do policial e, devido à proximidade na qual a moto passou por ele, houve o choque da ponta do fuzil com a região do rosto de Matheus.
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Diante das novas provas, a Justiça Militar de São Paulo reclassificou o caso. O processo foi encaminhado à Justiça comum, onde o policial poderá responder por homicídio doloso.
O Ministério Público (MP) denunciou o tenente Gabriel pelo crime, e a Justiça analisa a acusação para decidir se ele será tornado réu. O policial responde ao processo em liberdade.