Governo do Amazonas decreta situação de emergência devido ao período de seca
Mais de 80 brigadistas tiveram a contratação antecipada para conter as queimadas no estado
O governador do Amazonas, Wilson Lima, declarou situação de emergência em todos os 62 municípios por conta da seca que vem atingindo o estado desde julho. O texto foi assinado na quarta-feira (28), durante reunião do Comitê de Enfrentamento à Estiagem, juntamente com o decreto de emergência em saúde pública.
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Segundo a Defesa Civil do Amazonas, mais de 300 mil pessoas são afetadas pela estiagem. Além de prejudicar o abastecimento de água, o período ocasiona um aumento no número de casos de focos de queimadas, o que acaba liberando uma grande concentração de poluentes atmosféricos, prejudicando a qualidade do ar no estado.
De junho até o início desta semana, mais de 11 mil focos de incêndio foram combatidos pelo Corpo de Bombeiros. Para ampliar o número, o governo decidiu antecipar a contratação de 85 brigadistas, que já devem começar a atuar no reforço ao trabalho das equipes estaduais de combate às queimadas a partir do dia 2 de setembro.
“Esses brigadistas vão atuar nos municípios de Apuí, Lábrea, Humaitá, Novo Aripuanã e Boca do Acre. Esse grupo contratado já faz parte da região e já foram treinados pelas nossas equipes do Corpo de Bombeiros. São brigadistas que conhecem a realidade daquela área”, explicou Lima.
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A segurança também foi reforçada. Entre 30 de abril ao dia 27 de agosto foram registradas 168 prisões e detenções pela prática de crimes ambientais em todo o estado. No mesmo período, mais de R$ 91 milhões foram aplicados em multas, além de 148 embargos, totalizando mais de 16.989.691,90 hectares e 30 termos de apreensão.