Golpes na Black Friday preocupam consumidores e exigem atenção redobrada; veja como se proteger
Projeção aponta faturamento de R$ 13,3 bilhões no e-commerce, mas especialistas alertam para escalada de fraudes sofisticadas com uso de IA
Vicklin Moraes
A Black Friday acontece nesta sexta-feira (28) e a projeção para 2025 é de que o comércio eletrônico fature R$ 13,34 bilhões, um crescimento de 14,74% em relação a 2024, segundo a Associação Brasileira de Inteligência Artificial e E-commerce (Abiacom). Com preços atrativos, consumidores de todo o país se preparam para aproveitar as promoções. No entanto, o período também registra aumento significativo de golpes virtuais e fraudes aplicadas por meio de sites e redes sociais.
Um levantamento divulgado neste mês pelo Reclame Aqui aponta que 63% dos consumidores não conseguem identificar golpes realizados com inteligência artificial, enquanto 20% afirmam já ter sido vítimas de fraudes durante a Black Friday. Além disso, 76% dizem se sentir inseguros ou desconfiados para realizar compras na data.
Com o avanço da IA, os golpes tornaram-se mais sofisticados e difíceis de detectar. Segundo Victor Santos, CEO da Clavis Segurança da Informação, os criminosos utilizam tecnologia para criar páginas falsas, mensagens automatizadas, deepfakes com rostos de celebridades e anúncios que simulam com precisão marcas conhecidas.
“Essa nova onda de fraudes tecnológicas exige atenção redobrada dos consumidores, que precisam verificar com cuidado cada oferta antes de concluir uma compra online”, afirma o especialista.
Diante desse cenário, o SBT News reuniu orientações para reduzir o risco de cair em golpes durante a Black Friday:
1. Desconfie de anúncios em redes sociais e aplicativos de mensagem
Criminosos utilizam IA para criar anúncios realistas com links para sites falsos. Evite clicar diretamente nesses links, principalmente quando houver senso de urgência, como “última unidade” ou “oferta por tempo limitado”. Prefira acessar o site digitando o endereço oficial no navegador.
Verifique se a conta é autêntica:
- selo de verificação legítimo (check azul);
- nome, bio e links coerentes e sem erros;
- presença em múltiplas redes sociais e publicações regulares.
2. Suspeite de preços muito abaixo do mercado
Pesquise preços com antecedência e acompanhe a variação. Valores excessivamente baixos podem indicar fraude ou “falsas promoções”, prática comum na data.
3. Confirme a existência do produto e a reputação da loja
Certifique-se de que a loja realmente comercializa o item anunciado. Consulte avaliações de consumidores em plataformas como Reclame Aqui e Procon.
4. Utilize meios de pagamento seguros
Dê preferência a cartões virtuais temporários e carteiras digitais. Evite transferências diretas via Pix para contas pessoais em sites desconhecidos. Verifique também se o CNPJ corresponde ao da empresa anunciada.
5. Leia a política de troca e devolução
Observe se a loja apresenta informações claras sobre prazos, devoluções e canais de atendimento. A ausência desses dados é um alerta importante.
