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Garimpo ilegal aumenta devastação em terras indígenas, aponta Greenpeace

Para o órgão, preciso fiscalização permanente e garantir qualidade de vida para os indígenas

Garimpo ilegal aumenta devastação em terras indígenas, aponta Greenpeace
Greenpeace observou que o garimpo ilegal está cada vez mais sofisticado, com estratégias para driblar a fiscalização | Reprodução
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Um levantamento do Greenpeace Brasil mostra que o garimpo ilegal continua abrindo novas áreas de exploração em terras indígenas da Amazônia.

Um deles foi desativado pela Polícia Federal e estava dentro da Terra Indígena Kayapó, no Pará, o que é proibido. A operação faz parte dos preparativos para a retirada de intrusos do território, já determinada pelo STF.

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"O rio fica barrento, como café com leite. O mercúrio que eles usam para repescar o ouro causa poluição e contaminação dos peixes. Além disso, o garimpo traz drogas, bebida alcoólica e prostituição para dentro da comunidade. É importante que o governo acelere esse processo e retire os garimpeiros o mais rápido possível", diz Doto Takak-Ire, presidente do Instituto Kabu.

A Terra Kayapó foi a mais devastada pelo garimpo no primeiro semestre deste ano, segundo monitoramento do Greenpeace. A organização também acompanha a devastação nas terras Yanomami e Munduruku. No caso dos Kayapó, essa devastação chega a sete por cento do total do território.

Para Jorge Eduardo Dantas, porta-voz do Greenpeace Brasil, é preciso fiscalização permanente e garantir qualidade de vida para os indígenas.

"Aumentando a presença das forças de segurança e também reforçando o rigor na cadeia do ouro. Não interessa a ninguém que tenhamos populações vivendo em condições muito complicadas em termos de acesso a recursos, serviços públicos de saúde e educação", destacou.

+ Chega a mil o número de operações contra garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami

O monitoramento também observou que o garimpo ilegal está cada vez mais sofisticado, com estratégias para driblar a fiscalização, como a abertura de novas áreas, reativação de garimpos que já haviam sido fechados e migração para outras regiões.

Imagens de satélite mostram a destruição na Terra Indígena Sete de Setembro, entre os estados de Mato Grosso e Rondônia, onde vive o povo Paiter-Suruí. Os registros foram feitos em vinte e cinco dias.

"Precisamos de floresta em pé para combater a crise climática. Se entrarmos na conversa de abrir terras indígenas para mineração, plantação de soja e construção de estradas, estaremos agravando um cenário já muito complicado." completa Eduardo

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