Família pode ter sido envenenada com raticida no litoral do Piauí
Exames realizados em corpo de bebê comprovaram a morte por intoxicação; ele e um homem de 18 anos morreram; outras 7 pessoas foram internadas após passar mal
Cidade Verde
Exames realizados no pequeno Igno Davi Silva, de 1 ano e 8 meses, apontaram que a causa de sua morte foi intoxicação, levantando a possibilidade de que sua família tenha sido envenenada com um raticida. Igno Davi é uma das nove pessoas que passaram mal após consumirem o primeiro almoço de 2025, na cidade de Parnaíba, litoral do Piauí. Ele e Manoel Leandro da Silva, de 18 anos, não resistiram e faleceram.
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Até o momento, três pessoas seguem internadas, enquanto outras quatro já receberam alta hospitalar. Entre as internadas estão Francisca Maria da Silva, de 32 anos, e suas duas filhas, de 3 e 4 anos, transferidas para Teresina na última sexta-feira (3). Francisca, que também é mãe de Igno Davi, já havia enfrentado uma tragédia no ano passado, quando perdeu dois filhos após consumirem cajus contaminados com chumbinho, fornecido por uma vizinha que foi presa na época.
Investigação
A Polícia Civil do Piauí descartou como suspeitos o casal que realizou uma doação de peixes à família. De acordo com as investigações, o arroz consumido no almoço foi preparado na noite de 31 de dezembro, por volta das 19h. Segundo o depoimento de um dos sobreviventes, nenhuma pessoa fora do núcleo familiar teve acesso à residência durante o preparo da refeição.
O caso, investigado pelo delegado Abimael Silva, da Delegacia de Homicídios de Parnaíba, ainda aguarda os resultados de novos exames periciais para esclarecer as circunstâncias do incidente e determinar se o suposto envenenamento tem relação com a morte dos filhos de Francisca no ano anterior, que teriam ingerido cajus com raticida.