Estudantes de faculdades viram alvos de criminosos em SP: "Vem pra se matar de estudar e acaba roubado"
Para driblar onda de assaltos, alunos espalharam cartazes em áreas perigosas e criaram aplicativo que mapeia crime

Derick Toda
Andre Paino
Cristian Mendes
"A gente corre o risco de vir, estudar e voltar para casa sem os nossos pertences. A gente estuda como? Tem vezes que chego a faltar porque viram pessoas sendo roubadas, eu falo 'hoje eu não vou'". Esse é o depoimento de Barbara Cavalcante, estudante universitária que sente medo de ter o celular e os pertences roubados em São Paulo.
Segundo o coronel Roberto Alves, especialista em segurança pública, assaltantes têm colocado estudantes como alvos, sejam de instituições públicas ou particulares, pela falta de estrutura urbana no entorno das faculdades e pela distração no celular.
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"Os estudantes acabam sendo vítimas da vulnerabilidade de locais, baixa iluminação, movimentação reduzida e em momentos de distração", diz Alves.
Um levantamento do SBT apontou que, somente em janeiro e fevereiro de 2025, 480 roubos de celulares foram registrados entre a Barra Funda, zona oeste de São Paulo, e o Tatuapé, zona leste, área onde ao menos três faculdades estão localizadas, incluindo a de Barbara está localizada. Considerando outros objetos, furtos e roubos passaram de 50 casos por dia, no mesmo período.
Solução dos estudantes

Alunos da Universidade Federal do ABC, em Santo André, que também estavam sendo vítimas de assalto, desenvolveram um aplicativo em que as vítimas denunciam o horário, o dia e o crime sofrido.
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O aplicativo mapeia a área onde os crimes ocorreram e indicam zonas de perigo tanto para estudantes quanto moradores da região evitarem. Nomeado de UFAB Conecta, a plataforma conta com mais de 7 mil usuários.