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Desemprego cai para 6,8% no trimestre encerrado em julho e população ocupada bate novo recorde, diz IBGE

População desocupada atingiu 7,4 milhões, recuando 0,7% em relação ao período compreendido entre fevereiro e abril de 2024

Desemprego cai para 6,8% no trimestre encerrado em julho e população ocupada bate novo recorde, diz IBGE
Carteira de Trabalho | Divulgação/Marcelo Camargo/Agência Brasil
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A taxa de desemprego no Brasil caiu para 6,8% no trimestre encerrado em julho de 2024, apresentando queda de 0,7% em relação ao período compreendido entre fevereiro e abril (7,5%) e 1,1% na comparação ao mesmo período móvel de 2023 (7,9%). Os dados foram divulgados na nova Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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Assim, segundo o IBGE, essa taxa de 6,8% foi a menor para um trimestre encerrado em junho na série histórica da pesquisa, que começou em 2012. Já a população ocupada (102 milhões) bateu novo recorde da série, também iniciada em 2012: 1,2% (mais 1,2 milhão de pessoas) no trimestre e 2,7% (mais 2,7 milhões de pessoas) em 2024.

A população desocupada, de 7,4 milhões de pessoas, caiu nos dois registros: -9,5% (menos 783 mil pessoas) no trimestre e -12,8% (menos 1,1 milhão de pessoas) em 2024. Trata-se do menor número de desocupados desde o trimestre encerrado em janeiro de 2015.

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Rendimento dos trabalhos

O rendimento real habitual de todos os trabalhos (R$ 3.206) apresentou estabilidade no trimestre, crescendo 4,8% no ano. Já a massa de rendimento (R$ 322,4 bilhões) cresceu 1,9% (mais R$ 6 bilhões) no trimestre e 7,9% (mais R$ 27,5 bilhões) em 2024.

Em relação ao mesmo trimeste de 2023, houve aumento nas categorias de indústria (6,7%, ou mais R$ 196), comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (4,7%, ou mais R$ 120), transporte, armazenagem e correio (5,8%, ou mais R$ 163), administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (5,4%, ou mais R$ 229) e outros serviços (8,2%, ou mais R$ 193).

Na comparação ao trimeste de maio a julho de 2023, houve aumento nas categorias de empregado com carteira de trabalho assinada (3,5%, ou mais R$ 100), empregado sem carteira de trabalho assinada (6,9%, ou mais R$ 142), empregado no setor público, inclusive servidor estatutário e militar (4,1%, ou mais R$ 192) e trabalhador por conta própria (6,9%, ou mais R$ 168).

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Maykon Douglas, analista de research da Highpar, comenta que "o resultado é 'mais do mesmo' e continua a mostrar um mercado de trabalho apertado, com expansão do emprego formal e pressões salariais".

"Isto justifica a preocupação do Banco Central com a inflação mais sensível à demanda, que deve seguir pressionada nos próximos meses e exigirá ainda mais cautela para a política monetária", completou.

Subutilização e população desalentada

A taxa composta de subutilização (16,2%) recuou nas duas comparações e foi a menor para trimestre encerrado em julho desde 2014: -1,2 (ponto percentual) p.p. no trimestre e -1,6 p.p. no ano.

A população subutilizada (18,7 milhões) representou a menor desde trimestre móvel encerrado em dezembro de 2015 (18,6 milhões) e também teve recuo: -6,9% (menos 1,4 milhão) no trimestre e -7,8% (menos 1,6 milhão) em 2024.

Já população fora da força de trabalho (66,7 milhões) mostrou estabilidade nas duas comparações registradas pelo IBGE.

Empregados por setor

O número de empregados no setor privado alcançou 52,5 milhões, novo recorde da série histórica iniciada em 2012: alta de 1,4% (mais 731 mil pessoas) no trimestre e de 4,5% (mais 2,2 milhões de pessoas) em 2024.

O número de pessoas com carteira de trabalho na área privada, sem incluir trabalhadores domésticos, atingiu 38,5 milhões, outro recorde: aumento de 0,9% (mais 353 mil pessoas) no trimestre e de 4,2% (mais 1,5 milhão de pessoas) em 2024.

O número de empregados sem carteira no setor privado (13,9 milhões) também marcou recorde: alta de 2,8% (mais 378 mil pessoas) no trimestre e de 5,2% (mais 689 mil pessoas) em 2024.

O índice que mede número de trabalhadores por conta própria (25,4 milhões) teve estabilidade nas duas comparações, bem como número de trabalhadores domésticos (5,8 milhões) e de empregadores (4,2 milhões). O número de empregados no setor público (12,7 milhões) bateu recorde, subindo 3,5% (424 mil pessoas) no trimestre e 3,6% (436 mil pessoas) em 2024.

Informalidade

A taxa de informalidade atingiu 38,7% da população ocupada (39,4 milhões de trabalhadores), mesmo índice do trimestre encerrado em abril, e 39,2% no mesmo trimestre de 2023.

Já a força de trabalho (pessoas ocupadas e desocupadas) ficou em 109,5 milhões no trimestre de maio a julho de 2024, novo recorde da série iniciada em 2012. Houve aumento nas duas comparações: 0,4% (mais 444 mil pessoas) em relação ao trimestre encerrado em abril de 2024 e 1,5% (mais 1,6 milhão de pessoas) em 2024.

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