Cursos de graduação da UnB terão 2% das vagas reservadas a pessoas trans
Resolução também determina políticas de inclusão e de permanência de alunos

Yumi Kuwano
A criação de cotas para pessoas trans foi aprovada pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) da Universidade de Brasília (UnB) para os cursos de graduação, nesta quinta-feira (17).
De acordo com a resolução, 2% das vagas em todas as modalidades de ingresso primário deverão ser reservadas, sendo o mínimo uma vaga, para pessoas que se "identificam e vivem abertamente como pessoas trans, sejam travestis, mulheres trans, homens trans, transmasculinos ou pessoas não-binárias".
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Os procedimentos relativos à heteroidentificação de candidatos serão definidos pelo Comitê Permanente de Acompanhamento das Políticas de Ação Afirmativa (Copeaa) e homologados pelo Cepe, que também irá acompanhar possíveis denúncias de descumprimento da medida.
Além das cotas, a instituição também deverá garantir políticas de inclusão e de permanência para esse público.
A universidade também estuda a implementação de cotas para pessoas trans em programas de pós-graduação.
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Outras universidades federais que já instituíram a cota trans foram a Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), Universidade Federal do ABC (UFABC) e Universidade Federal Fluminense (UFF). Ao todo, dez universidades do país adotam essa reserva de vagas.