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Correios suspendem empréstimo de R$ 20 bilhões após veto do Tesouro Nacional

Empresa pública recua de empréstimo bilionário por custo alto e busca alternativas para reforçar liquidez; plano prevê venda de ativos e redução de agências

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Correios | Divulgação/Marcelo Camargo/Agência Brasil

A direção dos Correios suspendeu a negociação de um empréstimo de R$ 20 bilhões com um sindicato de bancos após considerar altos os custos da operação. A decisão foi tomada depois de uma reunião entre o presidente da estatal, Emmanoel Rondon, e integrantes do Ministério da Fazenda na tarde desta terça-feira (2).

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Em nota enviada ao SBT News, os Correios afirmaram que o cancelamento ocorreu porque o Tesouro Nacional não autorizou contratações com juros acima do limite permitido para operações com garantia da União.

A Diretoria Executiva informou que continua trabalhando, em conjunto com ministérios do governo federal, na análise de alternativas para reforçar a liquidez imediata da estatal e garantir o andamento das ações previstas para a recuperação financeira.

Na sexta-feira (28), o Conselho de Administração havia autorizado a contratação da linha de crédito de R$ 20 bilhões, peça central do plano de reestruturação da empresa, que tenta superar a pior crise financeira dos últimos anos.

Apresentado em 21 de novembro, o plano prevê medidas para recuperar o equilíbrio fiscal, incluindo fusões e aquisições ainda não detalhadas, reorganizações societárias e a venda de ativos e imóveis, com potencial de arrecadar até R$ 1,5 bilhão. A estatal também estuda reduzir até mil pontos de atendimento deficitários e rever gastos com pessoal.

Os Correios registraram lucro recorde de R$ 2,2 bilhões em 2021, mas, segundo a atual gestão, a falta de investimentos estruturais desde então comprometeu a adaptação à nova dinâmica econômica pós-pandemia. Nos últimos quatro anos, as despesas da empresa cresceram 6%..

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