Coronel do Exército é condenado após acusação de importação de fuzil ilegal
Militar também perdeu posto e patente no Exército, por decisão do Superior Tribunal Militar (STM)
Mannu Leones*
Um militar chefe da seção de controle de aquisições da Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados (DFPC), em Brasília, perdeu o posto e a patente por decisão do Superior Tribunal Militar (STM), após ser julgado por receber propina para facilitar a importação de fuzil.
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De acordo com a corte militar, o coronel da reserva do Exército é "indigno do oficialato". O caso foi julgado na última quinta-feira (8), com o resultado de pena de 6 anos e 8 meses de reclusão, em regime semiaberto, por corrupção passiva.
O militar teria recebido R$ 40 mil, divididos em duas parcelas, de um civil com registro de Colecionador, Atirador e Caçador (CAC), para autorizar a liberação da importação de um fuzil de modelo restrito das Forças Armadas.
A defesa do coronel afirmou que “o ocorrido foi um fato isolado na vida do representado que teve, durante todos os anos que esteve na Força, comportamento correto e grande dedicação com as funções que lhe foram atribuídas, pelo que deve ser julgada improcedente esta Representação para Declaração de Indignidade para o Oficialato e, assim, mantido o status que atualmente ostenta."
A defesa foi rejeitada pela ministra Maria Elizabeth Rocha, relatora do caso, que afirmou ainda que a atitude do coronel configura clara violação do dever de fidelidade para com a instituição militar, além de ferir a honra e o decoro dos oficiais militares.
*Estagiária sob supervisão de Afonso Benites