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Especialista aponta falha do governo ao não lançar programa de recompra de armas

Ao SBT News, especialista Bruno Langeani afirmou que governo deve criar demanda e fazer campanhas para as pessoas venderem suas armas

Especialista aponta falha do governo ao não lançar programa de recompra de armas
Foto: Edilson Rodrigues - Agência Senado
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O governo federal não tirou do papel um programa de recompra de armas, divulgado em julho de 2023. Na época, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, anunciou R$ 100 milhões para a medida ser posta em prática.

Ao SBT News durante o programa Poder Expresso, o advogado e pesquisador sobre política de armas, Bruno Langeani, afirmou que o governo desistiu do programa, pois não a demanda seria baixa. No entanto, durante a gestão Jair Bolsonaro, foram liberadas 1,6 milhão de armas de fogo, fora as licenças e armas permitidas em anos anteriores.

Na avaliação do especialista, o governo falhou em não colocar o programa em vigor.

“O programa de recompra foi anunciado, mas agora recentemente, foi dito que não saiu do papel por falta de demanda. Mas com todo respeito a essa opinião do governo, quando a gente olha outras políticas públicas que deram certo no mundo, de programas de recompra de fuzis, por exemplo, que teve na Austrália e Nova Zelândia com muito sucesso você não espera a demanda do proprietário de arma. Essa é uma demanda que tem que ser criada pelo governo, com campanhas, fazer um oferecimento de preço para comprar essas armas próximo a um valor de mercado para que as pessoas se desfaçam desses armamentos”, disse.

Langeani explicou ainda que a medida não deve ser feita para inviabilizar a defesa pessoal ou a prática de tiro esportivo, mas para tirar de circulação armas mais potentes que as da Polícia.

“A gente teve casos muito claros que mostram qual o risco de você ter civis muitas vezes despreparados com armas mais potentes e mais pesadas que a da Polícia. Temos o caso do Roberto Jefferson que quase matou 3 policiais federais com um fuzil. Ele tinha esse registro de colecionador e atirador mesmo em prisão domiciliar o que mostra essa falha do Exército”.

Bruno acrescentou: “Também no ano passado, perto do natal, na cidade de São Paulo teve uma policial civil que estava investigando um crime e foi morta por um homem com licença de CAC (Colecionador, Atirador e Caçador) despreparado que atirou com uma pistola calibre 45, um calibre mais pesado para uma pistola, e matou uma policial na hora. Então a gente precisa ter esforço do governo para tirar este projeto [de recompra de armas] do papel”.

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