Corinthians: Polícia Civil indicia presidente Augusto Melo e ex-integrantes da diretoria no caso VaideBet
Investigados foram indiciados por lavagem de dinheiro, associação criminosa e furto qualificado; Corinthians nega qualquer envolvimento do presidente com o caso

SBT News
Fabio Diamante
A Polícia Civil de São Paulo concluiu o inquérito que investiga o contrato entre o Corinthians e a casa de apostas VaideBet, indiciando o presidente do clube, Augusto Melo, por associação criminosa, lavagem de dinheiro e furto qualificado.
Também foram indiciados Sérgio Moura e Marcelo Mariano, ex-integrantes da diretoria alvinegra, além de Alex Cassundé, responsável por intermediar contratos para o clube.
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O caso agora será analisado pelo Ministério Público de São Paulo, que decidirá se apresenta denúncia contra os envolvidos.
A investigação apontou que receitas provenientes de pagamentos feitos pelo Corinthians à empresa Rede Social Media Design LTDA, de Cassundé, foram repassadas a uma empresa de fachada e, depois, transferidas para uma conta ligada ao crime organizado.
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As informações constam em relatório do delegado Tiago Fernando Correia, do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC).
A Delegacia de Repressão à Lavagem de Dinheiro rastreou os valores envolvidos no contrato, assinado em 2024 com a VaideBet. Segundo os investigadores, o material comprova a ligação de dirigentes do clube com membros do crime organizado. O SBT teve acesso à investigação.
Na próxima segunda-feira (26), o Conselho Deliberativo do Corinthians se reunirá no Parque São Jorge para votar o pedido de impeachment de Augusto Melo, protocolado no ano passado por irregularidades no contrato com a VaideBet.
Procurado pelo SBT, o Corinthians nega qualquer envolvimento do presidente Augusto Melo com o caso. "Reitera-se a convicção de que o presidente Augusto Melo não possui qualquer envolvimento com eventuais irregularidades relacionadas ao caso", diz um trecho da nota divulgada pelo clube.