Brasil

COP30: apenas 47 dos 196 países confirmam presença; ONU pede subsídio para hospedagem

Impasse sobre preço elevado de acomodações e infraestrutura limitada dificultam preparação do evento; governo promete força-tarefa

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A Organização das Nações Unidas (ONU) informou nesta sexta-feira (22) que apenas 47 dos 196 países convidados confirmaram presença na COP30, que acontecerá em novembro deste ano, em Belém. O evento é considerado o maior encontro mundial sobre clima.

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O impasse ocorre em meio a pressões internacionais sobre os altos preços das hospedagens na capital paraense. Desde que o governo Lula anunciou que o Brasil sediaria a conferência, o setor hoteleiro da cidade aumentou significativamente os valores das acomodações.

Entre os países que já garantiram hospedagem e presença, 39 concluíram o processo pelo programa do governo federal, enquanto outros oito — Egito, Espanha, Portugal, República do Congo, Singapura, Arábia Saudita, Japão e Noruega — optaram por negociações diretas ou plataformas alternativas.

Em reunião realizada na manhã desta sexta-feira (22), a ONU sugeriu que o governo brasileiro arcasse parcialmente com os custos de hospedagem dos delegados, com subsídios de US$ 100 por diária para representantes de países em desenvolvimento e US$ 50 para delegados de países ricos, o que poderia gerar um gasto superior a US$ 1 milhão.

O governo brasileiro rejeitou a proposta, mas prometeu criar uma força-tarefa para acelerar as confirmações e dialogar com as delegações sobre suas dificuldades.

A contraproposta brasileira foi apoiar o pedido dos países mais pobres para que a ONU aumente o valor da diária destinada aos seus representantes.

Atualmente, o cálculo para Belém é de US$ 144, considerado insuficiente diante das diárias que chegam a custar até 15 vezes o valor normal. A ONU, porém, afirma que alterações desse tipo exigem tempo e não há decisão definida sobre a estratégia a ser adotada.

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Impasse sobre hospedagens

A escolha de Belém como sede da COP30 trouxe à tona desafios logísticos, principalmente em relação à capacidade hoteleira.

Desde a confirmação da cidade como anfitriã, autoridades locais têm enfrentado dificuldades para acomodar o grande número de delegados, jornalistas e representantes de organizações não governamentais que participarão do evento.

A rede hoteleira da capital paraense é limitada, e a alta demanda prevista evidenciou essa fragilidade.

Com pouco tempo para o evento, projetos de novos hotéis e ampliação de acomodações se tornaram prioridade.

Entretanto, o número de leitos ainda é insuficiente diante do fluxo esperado, o que pode obrigar o uso de hospedagem em cidades vizinhas e comprometer a logística entre as sedes das reuniões.

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