Brasil

Construção civil registra alta em contratações, mas enfrenta falta de profissionais qualificados

Setor segue em crescimento, mas empresas relatam dificuldade para encontrar mão de obra treinada mesmo com vagas abertas

Imagem da noticia Construção civil registra alta em contratações, mas enfrenta falta de profissionais qualificados
Falta mão de obra qualificada na construção civil | Marcello Casal Jr/Agência Brasil
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Mesmo aquecido e alcançando um dos maiores patamares de contratações com carteira assinada, faltam profissionais qualificados para ocupar vagas na construção civil. Entre eles, os pedreiros.

Os números do setor são expressivos: mais de 3 milhões de brasileiros trabalham com carteira assinada. De janeiro a agosto, foram registradas mais de 190 mil novas contratações. São Paulo, Minas Gerais e Goiás lideram a geração de empregos nesse período.

Mesmo assim, a maioria das empresas relata a mesma dificuldade: encontrar profissionais treinados, mesmo com um salário médio de admissão de cerca de dois mil e quinhentos reais.

Apesar do setor aquecido, de melhores condições de trabalho e de funções com menos exigência física, muitas pessoas têm deixado de migrar de outros estados.

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Fluxo negativo

Segundo o SindusCon, em vez de atrair mão de obra do Nordeste, hoje o Sudeste tem um fluxo negativo. A mão de obra está saindo de São Paulo e indo para o Nordeste. Faltam pedreiros, eletricistas, encanadores. O setor tem muitas vagas abertas, mas encontrar gente qualificada virou quase um desafio.

"Quando a gente não tem um profissional qualificado, a gente não consegue garantir que não vai ter mais trabalho, não consegue garantir também nosso cronograma, diz a gerente de obras Mariana Costa,

A falta de profissionais tem levado o setor a buscar trabalhadores de outros países para suprir a demanda. “Da Bolívia, do Haiti, a gente tem conseguido recrutar essas pessoas de outros países para trabalhar nessa jornada do início da carreira, depois se profissionalizando dentro da construção civil”, afirmou o presidente do SindusCon, Yorki Oswaldo Estefan.

É o caso de Kololo. Ele participa de um programa de profissionalização. Nunca tinha trabalhado na construção civil e acredita que pode crescer na área. "No futuro, vou brilhar mais ainda”, disse.

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