Comidas típicas de Festa Junina estão mais caras com inflação
Levantamento do Instituto de Economia da Fundação Getúlio Vargas, divulgado com exclusividade para o SBT, analisou 27 itens tradicionais juninos
Mês das festas juninas, junho é uma das épocas mais esperadas do ano. No entanto, não é só de alegrias que se vive o período junino: os consumidores estão pagando mais caro pelas comidas típicas.
Os ingredientes para preparo de pratos tradicionais das festas juninas ficaram quase 6% mais caros de junho de 2023 para 2024, enquanto a inflação registrada do período é de 3,28%.
Nem o arroz-doce escapou: o preço do alimento subiu mais de 23%. A maçã, que não é do amor, subiu 21%, e a batata-doce aumentou quase 12%.
O maior vilão na alta dos preços, no entanto, foi a batata inglesa, que subiu mais de 60%. O açúcar refinado também ficou 10,30% mais caro. Nem as bebidas saíram ilesas: a água e o refrigerante subiram quase 6%.
A explicação está nos efeitos climáticos, segundo o coordenador da pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV), André Braz. "A gente enfrentou o El Niño, que tinha previsão de terminar no final de abril, mas ele terminou o seu período com a tragédia no Sul, piorando ainda mais o cenário agrícola, dado o protagonismo que o Sul tem na produção de vários produtos importantes”, afirma o especialista.
O levantamento do Instituto de Economia da Fundação Getúlio Vargas, divulgado com exclusividade para o SBT, analisou 27 itens.
Alguns alimentos tiveram deflação, como a farinha de trigo (-15,47%). Também estão mais baratos o leite condensado (-13,98%), o leite tipo longa vida (-7,22%) e o milho de pipoca (-6,63%).