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Brasil

Comerciante é vítima de fake news após assalto em joalheria

Homem teve fotos e vídeos divulgados nas redes sociais como se fosse assaltante

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Um comerciante de 38 anos viu a vida mudar da noite para o dia após uma fake news. O trabalhador, que agora teme sair de casa, foi vítima de uma notícia falsa após pessoas divulgarem fotos dele como se fosse a de um assaltante de uma joalheria em Vitória, no Espírito Santo.

Alex Rocha vive esse pesadelo desde a quarta-feira passada (12), quando as imagens dele começaram a circular. Em uma delas, aparece em uma padaria: o porte físico, a barba e o boné levaram algumas pessoas a identificarem-no com outro homem, o responsável pelo roubo das joias na praia da Costa, naquela mesma semana.

Abordagem sem saber da circulação das imagens

Por conta de outras imagens, onde Alex aparece perto de uma moto, o comerciante foi parado pela polícia e ainda teve que esperar a verificação da identidade de joelhos por quase 15 minutos. Depois, os agentes pediram desculpas e o liberaram, ainda sem saber das imagens que já circulavam e do próprio assalto cometido na joalheria.

O porte físico, a barba e o boné levaram algumas pessoas a identificarem-no com outro homem
O porte físico, a barba e o boné levaram algumas pessoas a identificarem-no com outro homem

O comerciante é pai de três filhas e não está conseguindo trabalhar no comércio, por medo. Na igreja que frequenta, sente que é vigiado e, também, denunciado.

"Eu sou um evangelista da Assembleia de Deus, servo do senhor, casado há 18 anos com a mesma mulher, tenho três filhas abençoadas. E só quero tocar a minha vida normalmente”, desabafou Alex.

Fake news e crimes contra honra, injúria, difamação e calúnia

Quem dissemina fake news, seja nas redes sociais ou replicando em outras redes, ou grupos de mensagens, pode ser preso. “A pessoa que propaga fake news pode ser responsabilizada por esse ato. Existem os crimes contra a honra, de injúria, de difamação ou calúnia que, se se for identificada essa pessoa, e a polícia vai identificar porque investigamos esses fatos, ela será responsabilizada por essa conduta”, de acordo com o delegado Diego Bermond.

O agente ainda explica que é possível identificar de onde partiram as imagens e por onde ela passou. Nesse trajeto, quem compartilhou pode ser responsabilizado - nesse caso, os proprietários da padaria.

“Eles começam a distribuir as imagens sem nenhum medo do que vai acontecer. Sem saber de fato o que está acontecendo, sem ter certeza de qualquer situação. Mas, pelo que percebi na semana, a padaria não sofreu nenhum assalto, mas as imagens de videomonitoramento de dentro da padaria foram liberadas, de alguma forma, como se eu fosse o ladrão”, lamenta o comerciante.

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