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Cidades brasileiras podem ficar submersas pelo aumento do nível do mar; entenda

Moradores já notaram mudanças e temem o que pode acontecer no futuro. No Rio, a água invadiria a recepção do tradicional Copacabana Palace

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Aumento do nível do mar ameaça cidades brasileiras | Reprodução
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O aumento do nível do mar está ameaçando sete cidades brasileiras, segundo um estudo feito pelo ONG internacional Climate Central, que foi divulgado nesta semana. Elas podem ser inundadas nas próximas décadas. Os cientistas alertam que o nível dos oceanos vem subindo nos últimos anos devido ao aquecimento do planeta.

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Conhecida em todo o mundo pelas belezas naturais, a costa brasileira tem sido afetada por um fenômeno que acontece, diariamente, a milhares de quilômetros de distância: o derretimento de geleiras, que viram água do mar.

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Santos é uma das sete cidades brasileiras que podem ser afetadas se as emissões de gases do efeito estufa continuarem como estão. No Rio de Janeiro, a água invadiria a recepção do tradicional hotel Copacabana Palace. E a cena se repetiria em cartões-postais de Salvador, Fortaleza, Recife, São Luís e Porto Alegre.

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Vinicius é biólogo e mora há 20 anos em Santos, tempo suficiente para notar a mudança.

"A maré antes ocupava uma área que ela ocupa muito maior hoje, sobrando pouca faixa de areia. Acredito que em cinquenta anos já esteja na avenida da praia a água", disse Vinicius Simões

Marcelo é dono de um bar na orla de Santos e tem medo do que pode acontecer no futuro.

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"O nível do mar está subindo muito, nos últimos meses, anos. Vai tirando a faixa de areia. O canal 7 tinha uma prainha logo no começo, essa praia sumiu já, desapareceu não tem mais", disse Marcelo Nunes

Segundo uma pesquisa da Organização Metereológica Mundial (OMN), o litoral do brasil foi o mais afetado pela elevação do nível dos oceanos em 2023. A condição causada pelo aumento da temperatura do planeta é influenciada pelo fenômeno El Niño.

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Também no litoral de São Paulo, as praias de Caraguatatuba começaram a perder faixa de areia. Uma grande obra é realizada por lá: um muro com mais de 1 km de comprimento foi construído dentro do mar para escoar o maior rio da região e conter o avanço da água salgada.

Nesta praia, é possível ver o estrago na orla. Um paredão de pedras foi colocado ali pra tentar barrar a água. Donos de quiosques também fazem o que podem para salvar o próprio comércio.

"Tem amiga minha que tem quiosque e perdeu o quiosque, teve que colocar contêiner para ter outro quiosque porque na faixa de areia mesmo já não dá mais pra construir", disse a dona de quiosque Suellen de Calmont

Jundu pode barrar o avanço do mar, mas sua proteção não é fiscalizada

Muitas vezes quando a gente vem à praia acaba se deparando com um tipo de vegetação que é típica, rasteira, inclusive, cresce na areia: o Jundu. Além de servir como alimento e proteção para a fauna local, também é uma importante barreira para o avanço do mar. O Jundu é protegido por lei, mas infelizmente não existe fiscalização o suficiente e até mesmo prefeituras acabam retirando essa vegetação da praia.

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