Chuvas no RS: Governo Lula anuncia planos de ajuda imediata para cidades afetadas
Comitiva de ministros detalhou medidas que serão adotadas com efeito imediato para reação à tragédia no estado
O secretário nacional de Proteção e Defesa Civil, Wolnei Wolff, anunciou nesta quarta-feira (8) os valores que serão repassados imediatamente pelo governo federal às prefeituras de cidades afetadas pela tragédia climática no Rio Grande do Sul. As chuvas já afetaram 417 municípios e deixaram 100 mortos no estado.
Durante uma coletiva de ministros e outros integrantes do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, em Porto Alegre, Wolff revelou os valores desses repasses:
- R$ 200 mil para municípios de até 50 mil habitantes;
- R$ 300 mil para municípios de 50 a 100 mil habitantes;
- R$ 500 mil para municípios com mais de 100 mil habitantes;
Segundo ele, para ter acesso à quantia, basta que os prefeitos enviem um ofício à Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil. O critério de uso dos recursos é definido pela administração pública de cada cidade, de acordo com suas necessidades mais urgentes nessa crise.
“Isto é um valor para ajuda imediata. Não quer dizer que não haverá outros valores a partir dos planos [de recuperação, que serão elaborados e apresentados pelas prefeituras]. Isso é para garantir ajuda a uma população que está nos abrigos e precisa de água, de comida, colchão e material higiênico”, disse Paulo Pimenta, ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência.
Desde que o decreto de calamidade pública nas regiões afetadas pelas chuvas foi reconhecido pelo Congresso, o repasse de recursos da União para reação à tragédia foi facilitado.
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Medidas de segurança
Desde o início da crise, diversos saques e roubos foram denunciados no Rio Grande do Sul, como noticiou o Primeiro Impacto.
Segundo Paulo Pimenta, o governo federal atendeu às reivindicações do governo estadual, comandado por Eduardo Leite (PSDB), ao enviar um efetivo da Força Nacional para atuar na região, além de agentes da Polícia Federal.
O ministro afirmou que, no que diz respeito aos episódios de criminalidade registrados em abrigos, a responsabilidade é do poder público das cidades e do estado. “Cada município tem uma autonomia. Na medida em que demandas são encaminhadas para nós, atuamos para dar esse suporte”, disse Pimenta.