Caso Isis Victória: desaparecimento chega a três meses; polícia acredita em assassinato
Delegado responsável pelas investigações faz comparação com caso de Eliza Samudio: "mesmo sem o corpo, o óbito foi confirmado"
Completou três meses o desaparecimento da adolescente de Isis Victória Mizerski, de 17 anos, que sumiu no dia 6 de junho em Tibagi, nos Campos Gerais, Paraná. A Polícia Civil não tem dúvidas de que ela foi assassinada, mesmo sem ter sido encontrada.
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"A situação é semelhante ao caso de Eliza Samudio. Mesmo sem o corpo, o óbito foi confirmado e o principal suspeito foi indiciado por homicídio e ocultação de cadáver", explicou o delegado.
De acordo com a Rede Massa, afiliada do SBT, a jovem avisou a família que saiu de casa para encontrar o pai da criança e seu companheiro, o vigilante Marcos Vagner de Souza. Dias após o sumiço, ele prestou depoimento à Polícia, mas negou as acusações. No entanto, está preso.
Apesar de o corpo de Isis não ter sido encontrado, o delegado Matheus Campos, que lidera o caso, afirma que as evidências apontam para homicídio, comparando o caso ao de Eliza Samudio, assassinada em 2010, cujo corpo também não foi localizado.
Marcos, apontado como o principal suspeito, prestou depoimento dias após o desaparecimento e está preso. Embora ele tenha admitido o relacionamento com a jovem, nega envolvimento em seu sumiço. A investigação indica que Isis estaria grávida do suspeito.
Quem é Marcos?
Marcos Vagner de Souza, conhecido em Tibagi como Marcos Rone, foi indiciado pelos crimes de ocultação de cadáver, aborto sem consentimento da gestante e homicídio qualificado por feminicídio, motivo torpe e dissimulação. Ele está preso desde junho, e mesmo após uma decisão judicial que permitia sua soltura, a prisão preventiva foi decretada, garantindo sua permanência na prisão enquanto o caso é investigado.