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Brasil

Câmara do DF aprova projeto que autoriza uso de armas de choque e spray de pimenta por mulheres

Proposta cria programa de defesa pessoal em resposta ao aumento de casos de violência

Imagem da noticia Câmara do DF aprova projeto que autoriza uso de armas de choque e spray de pimenta por mulheres
Projeto possibilita o acesso de mulheres a spray de pimenta e armas de choque | Reprodução
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A Câmara Legislativa do Distrito Federal aprovou, na quarta-feira (4), o projeto de lei que autoriza o acesso de mulheres a dispositivos de defesa pessoal, como armas de choque e spray de pimenta. A proposta, que segue para a sanção do governador Ibaneis Rocha (MDB), é uma resposta ao aumento de casos de violência contra mulheres.

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“Nossa prioridade é garantir que as mulheres do DF, especialmente as que estão em situação de risco, tenham ferramentas e conhecimento para se defenderem. Essa aprovação é uma vitória. Estamos promovendo mais do que segurança; estamos empoderando mulheres”, disse o deputado Hermeto (MDB), autor do texto.

Segundo o parlamentar, o projeto cria o Programa Distrital de Promoção da Defesa Pessoal e da Autoproteção Responsáveis para Mulheres. Nele, estão previstas aulas práticas de defesa pessoal, palestras e seminários ministrados por profissionais, abrangendo técnicas de defesa com e sem o uso de instrumentos, baseadas em artes marciais.

Em relação ao uso de instrumentos, o texto estabelece que apenas mulheres maiores de 18 anos poderão ter acesso a armas de choque. Também será necessária a aprovação em curso de orientação sobre uso do dispositivo, laudo psicológico atestando capacidade para uso da arma, comprovante de residência e ausência de antecedentes criminais.

Já o spray de pimenta poderá ser utilizado por mulheres a partir dos 16 anos. Menores de 18 anos, contudo, precisarão apresentar uma autorização dos responsáveis legais na hora da compra. A venda do produto será limitada a duas unidades por pessoa por mês.

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Hermeto explicou que, em ambos os casos, os órgãos de segurança pública do DF serão responsáveis por oferecer cursos de capacitação, emitir certificados e fiscalizar o uso e a comercialização dos itens. “Este programa é uma ferramenta de proteção e um incentivo para que as mulheres tenham mais autonomia e confiança”, destacou.

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