Bienal do Livro do Rio atrai multidão e celebra título inédito de Capital Mundial do Livro
Evento literário traz atrações imersivas, supera expectativas de público e reflete crescimento do mercado editorial brasileiro
Liane Borges
A Bienal do Livro do Rio de Janeiro começou nesta sexta-feira (13) com a promessa de ser a maior e mais especial edição já realizada. Este ano, o evento ocorre sob o prestigiado título de Capital Mundial do Livro 2025, concedido pela Unesco — uma conquista inédita para uma cidade de língua portuguesa.
No primeiro sábado do evento, os ingressos se esgotaram rapidamente. Uma multidão enfrentou longas filas para, ao menos por algumas horas, escapar da realidade e mergulhar em um universo paralelo.
Entre as atrações inéditas, o público encontra uma roda-gigante da leitura com cabines personalizadas inspiradas em personagens literários, além de um labirinto de histórias com cenários interativos e atores ao vivo.
“A gente está trazendo toda a ludicidade, a questão das experiências, do público poder vir aqui e viver na pele, viver as histórias”, afirmou Tatiana Zaccara, diretora da Bienal.
Ao todo, o evento contará com mais de 300 participantes e mais de 200 horas de programação. A expectativa é receber cerca de 600 mil visitantes até o encerramento, no dia 22.
Os números do mercado editorial reforçam o entusiasmo do público. Segundo o Sindicato Nacional dos Editores de Livros, o setor faturou R$ 4,3 bilhões em 2024 — um crescimento de 3,7%. O segmento religioso foi o que mais se destacou, com alta de 8,7% nas vendas.
Embora os livros físicos sigam como protagonistas da feira, cresce também o interesse por formatos digitais. O faturamento com conteúdo digital aumentou 21%.
"É uma ferramenta para ajudar os leitores a terem interesse no livro físico. Trazer o autor para a tela do celular, para falar com o leitor, para que ele possa conhecê-lo”, afirmou Marcos Araújo, CEO de um grupo editorial.








