Apresentadora do SBT se emociona ao noticiar feminicídio: "isso tem que parar"
Daniele Brandi não conseguiu segurar as lágrimas ao relatar o velório de Maria Aparecida da Silva, morta a facadas pelo ex-marido na frente do filho
Primeiro Impacto
A apresentadora do Primeiro Impacto, a jornalista Daniele Brandi, não conseguiu conter a emoção ao comunicar o velório de Maria Aparecida da Silva, de 35 anos, morta com golpes de faca pelo ex-marido em Jandira, na Região Metropolitana de São Paulo.
A vítima era perseguida pelo homem com quem teve três filhos. No dia do crime, ela pediu ao filho mais velho, fruto de outro relacionamento, que a encontrasse em casa, pois sabia que o ex estaria no local. Maria acabou assassinada na frente do jovem de 18 anos. Ela deixa cinco filhos, o mais novo, de apenas 1 ano, ainda não havia desmamado.
"A gente ouviu o áudio dessa mulher, chorando, desesperada, clamando pela própria vida. O que eu queria dizer é que, talvez os homens não sintam isso, como jornalista, como mulher, é muito difícil a gente ouvir uma mulher gritando na frente do próprio filho, sendo morta pelo seu ex-companheiro", afirmou emocionada a jornalista.
"Toda vez que uma mulher morre vítima de feminicídio, todas nós, mulheres, morremos um pouquinho também. Morre um pouco de esperança, morre um pouco de dignidade. E esse tipo de coisa tem que parar. Como mulher e jornalista, às vezes, é muito difícil a gente ter que manter aqui uma calma, um discernimento, um profissionalismo, ao ver uma mulher gritando", disse. "Para nós, aqui, ter que noticiar algo como esses casos que temos mostrado nos últimos dias, é muito difícil".
A apresentadora também expressou seus pêsames aos filhos da vítima e comentou a escalada de violência pela qual essas mulheres passam.
"Quando acontece um feminicídio, ele é a ponta final de um histórico de agressão. E agressão não acontece só com a mãe, acontece com a família inteira. A gente precisa dar um basta como sociedade. Essa semana a gente bateu bastante nessa tecla e eu acho que não é cansativo, não é repetitivo e nem é redundante. Mulheres precisam ser respeitadas dentro dos seus lares, porque, se a gente não for respeitada dentro de casa, na frente dos nossos filhos, a sociedade também não vai nos respeitar nem como profissional, nem como ser humano", completou.