Após 24 anos em coma, "Clarinha", a paciente misteriosa, morre no Espirito Santo
Segundo testemunhas, "Clarinha" fugia de um perseguidor quando foi atropelada no Centro de Vitória
A paciente misteriosa, que estava internada em coma no Hospital da Polícia Militar (HPM), em Vitória, Espírito Santo, desde o ano 2000, morreu na noite de quinta-feira (14).
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Segundo informações de testemunhas, em 12 de junho de 2000, "Clarinha" fugia de um perseguidor não identificado, correu para o meio de uma avenida movimentada no Centro de Vitória e foi atropelada por um ônibus. Ela não tinha identificação no momento do acidente.
Clarinha foi levada para o antigo Hospital São Lucas e passou por várias cirurgias. Porém, ela teve o cérebro prejudicado e permaneceu em um coma profundo.
"Sem documentos e com as digitais desgastadas, buscou-se, em um primeiro momento, encontrar algum conhecido entre as testemunhas do acidente, mas ninguém tinha informações da paciente. Em seguida, Clarinha foi transferida para o HPM", explicou o Ministério Público do Espirito Santo em 2021.
Ela chegou ao Hospital da Polícia Militar em 2001, onde permaneceu até seu último dia de vida.
"Ela não tinha nenhuma identificação quando foi socorrida e levada ao hospital. Infelizmente descansou sem que um parente consanguíneo pudesse ser identificado. Clarinha continuou no quarto do HPM sob os cuidados dos profissionais do hospital e recebendo a atenção do coronel aposentado Potratz", informa o HPM.
"Clarinha tinha marcas de cesárea, o que indica que teve um filho. Pelos cálculos dos profissionais, ela faleceu com cerca de 45 anos", finaliza a publicação do HPM.