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Antes de ser preso, Mauro Cid negou ter vazado áudio de 'desabafo' sobre delação

Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro foi ouvido no STF sobre gravação que veio à tona nessa semana, em que Cid diz que investigadores tinham narrativa pronta sobre os fatos

Antes de ser preso, Mauro Cid negou ter vazado áudio de 'desabafo' sobre delação
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Mauro Barbosa Cid negou que tenha vazado gravação em que ataca a Polícia Federal (PF) e critica as investigações contra ele e a trama golpista de Jair Bolsonaro (PL), em depoimento nesta sexta-feira (22) no Supremo Tribunal Federal (STF), minutos antes de ser preso. O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro foi detido por tentativa de obstrução à Justiça e quebra das cláusulas de sua liberdade provisória.

+ Mauro Cid já está na Polícia do Exército, onde ficará preso em Brasília

Cid afirmou ao magistrado Airton Vieira, auxiliar do ministro Alexandre de Moraes do STF, que "nunca houve induzimento às respostas" na delação premiada dele, fechada em setembro de 2023 com a PF.

Nos áudios em que Cid ataca a delação e os investigadores, revelado pela revista "Veja" na quinta-feira (21), ele coloca sob suspeição a forma como foi ouvido. Não se sabe quem era o interlocutor de Cid na ocasião.

"Nenhum membro da Polícia Federal o coagiu a falar algo que não teria acontecido", disse Mauro Cid, segundo o termo do depoimento registrado pela PF.

Mauro Cid afirmou não recordar com quem falava, mas desqualificou o conteúdo do áudio revelado pela "Veja". "Foi apenas um desabafo." Segundo ele, a fala era genérica. "Todo mundo acaba dizendo coisas que não eram para serem ditas."

A ordem de prisão de Cid, decretada nesta sexta-feira (22) por Moraes, atendeu pedido da PF. O motivo: "descumprimento de medidas cautelares e por obstrução à Justiça".

+ PF já tinha indícios de que Mauro Cid havia vazado versão editada de reunião golpista

O tenente-coronel, que se sentiu mal ao saber que seria preso, no STF, disse que passa por um momento de dificuldade profissional, financeira e pessoal. Afirmou ser tratado como "leproso", que "perdeu tudo" e que "está enclausurado".

Disse ainda não ter mantido contato com os demais investigados - um dos motivos que poderia levar à quebra do acordo. Nem ter sido o autor do "vazamento".

O ministro Alexandre de Moraes registrou em seu despacho a confirmação por Cid do conteúdo da delação.

"Diante da necessidade de afastar qualquer dúvida sobre a legalidade, espontaneidade e voluntariedade da colaboração de Mauro César Barbosa Cid, que confirmou integralmente os termos anteriores de suas declarações, torno pública a ata de audiência realizada para a oitiva do colaborador, no dia 22/3/2024, às 13h, na sala de audiências do Supremo Tribunal Federal, com a presença da Procuradoria Geral da República e seus defensores", despacho do ministro Alexandre de Moraes.

A validade do acordo de delação de Cid com a PF está sob análise, segundo o STF. Mauro Cid passou pelo Instituto Médico Legal (IML), na Superintendência da PF no Distrito Federal, e foi para o Batalhão de Polícia do Exército de Brasília, no início da noite. Lá ficara detido.

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