Afogamento no Marajó (PA) alerta para cuidados com crianças no mar, rio e piscina
Menina de 12 anos morreu afogada no domingo (22) quando um grupo em que ela pertencia foi levado pela força do mar; três pessoas foram resgatadas
Mayra Leal
Quatro pessoas foram arrastadas pela força das águas do mar na praia de Barra Velha, em Soure, na Ilha do Marajó, no Pará, resultando na morte de uma menina de 12 anos, no último domingo (22). Três pessoas foram resgatadas com vida pelo Corpo de Bombeiros.
O incidente destaca um problema recorrente no Brasil. Dados da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa) mostram que, a cada 90 minutos, uma pessoa perde a vida afogada no país, sendo as crianças as principais vítimas.
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No Pará, somente em 2024, o Corpo de Bombeiros já registrou 209 casos de afogamento. A Sobrasa aponta que a região Norte lidera as estatísticas nacionais, especialmente durante períodos festivos, quando aumenta a frequência em praias e balneários.
O consumo de álcool é outro fator agravante. “A bebida alcoólica diminui os reflexos e superestima as habilidades do banhista, que muitas vezes se arrisca fora das áreas seguras”, alerta o tenente-coronel Abedolins Xavier, do Corpo de Bombeiros Militar do Pará.
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Entre as recomendações de segurança, evitar que a água ultrapasse a altura da cintura e supervisão constante de crianças durante os banhos são fundamentais. Para os pequenos, o uso de boias do tipo colete salva-vidas é o mais indicado.
Exemplo de atenção aos cuidados é Aline Gomes, mãe da pequena Maju. Mesmo sabendo nadar, a criança só entra na água sob vigilância próxima. “Não podemos deixar a criança solta, o olhar atento é essencial”, ressalta.
Banhos de rio, mar ou piscina podem ser seguros e divertidos, desde que as regras básicas de segurança sejam respeitadas.