69% dos recrutadores admitiram ter eliminado candidatos por conta de inconsistências ou falsificações em currículos, diz estudo

O 1º de abril é conhecido como Dia da Mentira. Se a data é lembrada pelas brincadeiras e pegadinhas, no mundo do trabalho, isso pode significar a perda de uma boa oportunidade. A última edição do Índice de Confiança Robert Half aponta que 69% dos recrutadores admitiram ter eliminado candidatos por conta de inconsistências ou falsificações em currículos.

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O levantamento está na 27ª edição e ouviu cerca de 400 recrutadores. A pesquisa identificou que metade dos concorrentes exagerou em habilidades específicas (50,8%), enquanto 48,1% mentiram sobre experiências profissionais anteriores. Um em cada três (32,6%) superestimou o domínio de línguas estrangeiras.

"Quando você pede para um candidato conversar com você um pouquinho em inglês, né, fazer um teste rápido, os candidatos, às vezes, não conseguem se comunicar e aí acaba que dão uma mentirinha ali, 'ah, eu tô entrando num túnel'”, contou Laís Vanconcellos, gerente de recrutamento.

"O candidato pode até passar da primeira triagem, mas quando ele efetivamente chegar lá na empresa, ele não vai conseguir executar as atividades".

Veja quais mentiras são mais contadas:

• Habilidades técnicas: cerca de metade dos recrutadores (50,89%) identificou candidatos que exageraram habilidades técnicas ou conhecimentos específicos.
• Experiência profissional: 48,13% dos recrutadores relataram encontrar falsificações relacionadas a cargos anteriores, como experiências profissionais fabricadas.
• Proficiência em idiomas: 32,68% dos recrutadores descobriram que os candidatos inflaram suas habilidades linguísticas.
• Saídas de empregos anteriores: ocultar ou distorcer informações sobre experiências passadas, principalmente sobre o motivo da saída, já foi o motivo de eliminação para 29,92% dos recrutadores.
• Histórico educacional não verificado: 26,18% dos recrutadores já se depararam com candidatos que mentiram sobre seu histórico educacional.
• Conquistas pessoais ou profissionais inflacionadas: 21,30%.
• Períodos de emprego omitidos ou falsamente relatados: 20,98%.
• Falsas alegações sobre participação em projetos significativos: 18,86%.