Milhares de imóveis seguem sem luz na Grande São Paulo
Balanço da Enel até a noite de 5ª-feira (08.Nov) mantinha o número de 11 mil imóveis sem energia elétrica
SBT News
Depois de 120 horas sem energia, a proprietária de um hotel para animais domésticos, em Carapicuíba, na região metropolitana de São Paulo, recebeu a tão esperada visita da concessionária de energia. Para cuidar dos animais, a maioria cachorros, Viviane Jorge precisou manter os alimentos em caixas de isopor abastecidas com gelo. Além do hotelzinho, ela também cuida de um pet shop.
"O pessoal da pet shop está há uma semana sem trabalhar", explicou a empresária. "É um alívio ver que tem uma equipe trabalhando pra solucionar o problema". A equipe da Enel precisou trocar um poste, um transformador e toda a fiação".
Moradores, como o arquiteto Ricardo Sarian, reclamaram da falta de informações da concessionária. "É um descaso completo, não interessa se tem gente doente. Você liga, não atende o telefone. Você liga para ouvidoria, também não atende".
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Cinco dias depois da tempestade que provocou uma das maiores crises no fornecimento de energia da história da região metropolitana de São Paulo, onze mil imóveis ainda estavam sem eletricidade.O compromisso anunciado publicamente pela Enel, era normalizar totalmente a situação em quatro dias.
O estouro do prazo levou a prefeitura de São Paulo a mover uma ação civil pública contra a concessionária, além de exigir medidas dos órgãos de proteção e fiscalização. "Nós vamos estar notificando o Procon, pedindo para que o Procon faça a sua atuação como um órgão que defende o interesse do consumidor, declarou o prefeito Ricardo Nunes. "Vamos estar notificando a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para que eles possam ser mais eficientes, mais comprometidos".
A Aneel informou que abriu um processo específico para apurar as responsabilidades no apagão e tomar as medidas cabíveis.
O presidente da Enel, Max Lins, disse que vai responder a todos os questionamentos da prefeitura paulistana, bem como da Assembleia Legislativa, onde falará no próximo dia 14 em uma CPI. Sobre ressarcimento, o executivo explicou que os protocolos federais já estabelecem reembolso por danos a equipamentos eletroeletrônicos e abatimentos nas contas de luz. Quanto aos alimentos perdidos, explicou que não há previsão legal, mas que as distribuidoras de energia do estado estudam abrir uma exceção.