Incêndios na Amazônia são resultado da seca e do desmatamento
Apesar da diminuição recente do desmatamento, o clima e a extração seletiva de algumas árvores fazem as queimadas se alastrarem
Iuri Guerrero
No mês passado, o estado do Amazonas decretou emergência ambiental por conta dos incêndios florestais. Mesmo após o sexto mês seguido de queda nas taxas de desmatamento, o Estado registrou o pior mês de queimadas em 25 anos. Em Manaus, a qualidade do ar já foi considerada ruim ou péssima em 14 dias desde o começo de outubro.
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
A situação dos rios também indica que a seca na região é umas piores de todos os tempos. O rio Negro, por exemplo, registra o pior nível em 121 anos de registros.
De acordo com o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), os incêndios florestais eram raros na região de floresta, mas, nos últimos anos, com o aumento do desmatamento e a extração seletiva de algumas árvores consideradas mais nobres, os incêndios acabaram se alastrando com mais facilidade. Uma área desmatada demora décadas para se recompor totalmente.
Nos seis primeiros dias de novembro, o Pará registra 2.188 focos de calor, segundo dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). No Amazonas, foram 131 focos. Em outubro, os satélites registraram 11.378 queimadas no Pará e 3.858 no Amazonas