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300 mil casas continuam sem luz na Grande São Paulo

Ministério da Justiça orienta quem teve prejuízo com o apagão a exigir ressarcimento da Enel

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queda de árvore
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Cerca de 300 mil pessoas seguem sem energia elétrica na Grande São Paulo, em decorrência do vendaval que atingiu a região, na última 6ª feira (3.nov), de acordo com informações da Enel.

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A casa da dona Cláudia Alves Artesã, na zona oeste da cidade de São Paulo, ainda estava sem energia na tarde desta 2ª feira (6.nov). Ela somava os prejuízos, principalmente com os alimentos. "Eu tinha acabado de fazer as compras do mês. Compramos muita carne e também potes de comida especial para quem faz dieta", explica a dona de casa. "Eu perdi uns R$ 2.800". 

Nas escolas, prejuízo para os alunos que estão sem aulas. De acordo com a Secretaria de Educação do Estado, são 28 escolas fechadas por falta de luz. No comércio, a estimativa da Associação Comercial de São Paulo é de R$ 126 milhões em perdas na Grande São Paulo. 

Além da falta de energia, em alguns bairros os moradores alertam para o risco de fios de alta tensão espalhados pelas ruas. São fios atingidos por árvores que caíram durante a tempestade de sexta-feira. Em muitos casos, os fios continuam eletrificados. 

Em entrevista ao SBT, o prefeito Ricardo Nunes responsabilizou a Enel pela demora no corte de energia onde as equipes precisam trabalhar. " A gente tem feito, corte e poda de árvores, aquilo que depende da prefeitura e tem muita coisa pra fazer, porque a Enel tem demorado para fazer o desligamento". Segundo o prefeito, nesta 2ª feira, ainda haviam 125 árvores na cidade obstruindo vias e sobre a rede elétrica aguardando o desligamento da concessionária.  

Em nota, a Enel alegou complexidade na reconstrução da rede atingida por queda de árvores. A companhia disse que prioriza os casos mais críticos, como os serviços essenciais. Ainda segundo a nota, já foi restabelecido o fornecimento de energia para um 1,8 milhão de imóveis, dos 2,1 milhões que ficaram sem luz.

No final da tarde, o governador Tarcísio de Freitas, o prefeito Ricardo Nunes e representantes das concessionárias de energia estiveram reunidos no Palácio dos Bandeirantes. Eles discutiram um protocolo de emergência para enfrentar situações como a da semana passada.  

Nas regiões afetadas, houve uma corrida ao velho sistema de iluminação, as velas. Um mercadinho do bairro do Butantã vendeu em apenas três dias o que costuma levar um ano para sair das prateleiras. Segundo o gerente Everaldo dos Santos, foram mais de 100 maços de velas e o mercado não conseguiu repor o estoque porque o fornecedor informou que também vendeu tudo. 

RESSARCIMENTO DO CONSUMIDOR

O ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou que a companhia responsável pelo serviço na capital e em mais 23 municípios da região metropolitana tem 24 horas para apresentar à Secretária Nacional do Consumidor (SENACON) um plano para ressarcir os clientes que tiveram eletrodomésticos queimados ou danificados pelo corte de energia durante o temporal. O ministério orientou que as famílias que perderam, por exemplo, geladeira, televisão, devem encaminhar o pedido de ressarcimento para a Enel e, caso não haja resposta, uma reclamação formal pode ser feita no Procon ou, até mesmo, no site da SENACON. A Enel também terá que explicar porque não tinha um plano para evitar o apagão.

Confira a nota da Enel na íntegra:

A Enel Distribuição São Paulo informa que restabeleceu a energia para 85% dos clientes que tiveram o fornecimento impactado após o vendaval da última sexta-feira. Até o momento, cerca de 1,8 milhão de clientes tiveram o serviço normalizado, de um total de 2,1 milhões afetados na última sexta-feira. O vendaval que atingiu a área de concessão no dia 3 de novembro foi o mais forte dos últimos anos e provocou danos severos na rede de distribuição. Os profissionais da companhia seguem trabalhando 24 horas por dia para agilizar os atendimentos e normalizar o fornecimento para quase a totalidade dos clientes até esta terça-feira (07/11), conforme anunciado em reunião com o prefeito de São Paulo. Devido à complexidade do trabalho para reconstrução da rede atingida por queda de árvores de grande porte e galhos, a recuperação ocorre de forma gradual. Em atuação conjunta com Corpo de Bombeiros, Prefeitura e outras autoridades, a companhia tem priorizado os casos mais críticos, como serviços essenciais. A Enel São Paulo seguirá com a mobilização total dos profissionais e reforço em várias frentes, como call center e operação de campo. A companhia orienta que os clientes acessem os canais digitais da companhia para abrir chamado de falta de luz, por meio do app Enel São Paulo e agência virtual do site

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