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Veterinários confirmam seca extrema como motivo de morte de botos no Amazonas

Temperatura da água chegou a quase 40ºC em alguns rios; número de óbitos passa de 150

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Divulgação/Sea Shepherd Brasil
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Especialistas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) confirmaram, nessa 2ª feira (16.out), que a seca extrema que atinge o Amazonas foi o motivo da morte dos mais de 150 botos na região. Ao todo, 153 mamíferos aquáticos foram resgatados já mortos pelas equipes, sendo 130 botos vermelhos e 23 tucuxis.

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"A seca e a temperatura da água estão diretamente relacionados ao ocorrido, apesar de outras causas de morte ainda não estarem descartadas, como alguma contaminação da água ou doença nos animais. Além das altas temperaturas medidas no lago durante as tardes, há também uma grande variação da temperatura da água durante o dia, variando entre 29° e 38°C", disse o ICMBio.

Segundo a entidade, o trecho Enseada do Papucu do Lago Tefé tem sido crítico para a morte dos botos devido à elevada temperatura da água. No dia 28 de setembro, por exemplo, quando 70 animais morreram, as medições às 16h indicavam 39,1°C no trecho, muito acima da temperatura normal do lago, de 30°C.

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Para evitar mais mortes de botos, as equipes desenvolveram uma estratégia de isolamento da Enseada do Papucu e de condução dos animais para fora do trecho -- bastante frequentado pela alta quantidade de peixes. O isolamento será feito com uma barreira física de madeira, fazendo com que os botos sejam conduzidos para áreas mais profundas e menos quentes do Lago Tefé.

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