Funcionários do Metrô de SP paralisam a operação das linhas 1-Azul, 3-Vermelha e 15-Prata
Sindicato afirmou que ação é um protesto contra advertências aplicadas pela empresa após greve conjunta
SBT News
Funcionários do Metrô de São Paulo paralisaram a operação das linhas 1-Azul, 3-Vermelha e 15-Prata, na manhã desta 5ª feira (12.out), em protesto contra advertências aplicadas pela empresa. A ação também afeta o funcionamento da linha 2-Verde, com trens circulando em velocidade reduzida e maior tempo de parada entre as estações.
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As outras linhas chegaram a operar com velocidade reduzida, mas, por volta das 11h45, as estações foram fechadas. Os passageiros estão sendo orientados a procurar pelos ônibus do sistema Paese (Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência).
Segundo o Sindicato dos Metroviários, a empresa estaria dando advertências aos operadores de trens como forma de retaliação à greve realizada no dia 3 de outubro. "Os trabalhadores estão se recusando a assumir os trens enquanto não parar essas advertências", diz a entidade em nota.
O Metrô informou que foi surpreendido pela ação, causada por uma advertência por escrito dada a cinco operadores de trem em razão "da negativa reiterada destes cinco profissionais de desempenhar as suas atribuições". De acordo com a empresa, eles se negam a participar da formação e da aula prática ofertada a outros empregados que estão sendo treinados para a função de operação de trem.
Leia na íntegra o pronunciamento do Metrô:
O Metrô foi surpreendido na manhã desta quinta-feira (12), sem qualquer aviso prévio, por uma ação do Sindicato dos Metroviários, que mais uma vez prejudica a população com pautas de interesse próprio e sem diálogo.
A ação, que impacta o funcionamento regular das linhas administradas pelo Metrô, Linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata, é um protesto a uma advertência por escrito dada pelo Metrô a cinco operadores de trem em virtude da negativa reiterada destes cinco profissionais de desempenhar as suas atribuições. Eles se negam a participar da formação e da aula prática ofertada a outros empregados que estão sendo treinados para a função de operação de trem, procedimentos que fazem parte da rotina dos metroviários.
Vale ressaltar que a advertência não tem nada a ver com o objeto de greve recente, em 3/10, não implica em suspensão ou demissão e que não há sequer impactos na remuneração. A advertência, por ora, cumpre apenas o seu papel de dar aos funcionários a oportunidade para que corrijam a conduta faltosa.
A advertência também pode ser questionada pelos empregados, se assim desejarem, na via administrativa ou judicial, o que não prejudicaria os passageiros. Esse protesto liderado pelo Sindicato da categoria mais uma vez é utilizado para ameaçar a empresa e deixa a população que depende do transporte refém de seus próprios interesses.
O Metrô estuda medidas legais que podem ser tomadas por conta de uma paralisação que prejudica a população sem aviso prévio. As linhas concedidas permanecem com operação regular e sem risco de paralisação.
*Estagiário sob supervisão de Emanuelle Menezes