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Brasil

Casos de assassinatos em disputas por terra caem pela metade

Apesar da redução dos homicídios, relatório mostra que a paz no campo ainda está longe de ser alcançada

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dados sobre conflitos no campo
• Atualizado em
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O relatório da Comissão Pastoral da Terra (CPT), órgão da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, mostra uma redução dos assassinatos no campo no primeiro semestre de 2023. Foram registrados 14 homicídios, contra 29 no mesmo período do ano passado. Apesar da redução das mortes, os conflitos em geral cresceram 8% no país.

Conflitos no campo

  • 1º semestre/2023  - 973
  • 1º semestre/2022 - 900 

As vítimas enfrentam a destruição de moradias, dos roçados e, por fim, a expulsão. O coordenador nacional da CPT, Ronilson Costa, alerta para a manutenção das práticas criminosas. "São povos que estão em seus territórios e que esses territórios continuam sendo invadidos, seja por ação de grilagem, seja por ação madeireira, seja por ação garimpeira", explica. 

Os registros de casos de trabalho análogo à escravidão também aumentaram. No total, 1.408 pessoas foram resgatadas no primeiro semestre, o maior número dos últimos dez anos. Já os conflitos pelo controle dos recursos hídricos caíram de 138 para 80.

Os povos indígenas continuam sendo os mais atingidos pela violência, seguidos pelos sem terra, posseiros e quilombolas.

Vítimas da violência no campo

  • Indígenas 38,2%
  • Trabalhadores sem terra 19,2%
  • Posseiros 14,1%
  • Quilombolas 12,2%

Segundo o coordenador da CPT, a mulher indígena, principalmente, é alvo constante dos invasores. "A terra indígena Yanomami relata que cerca de trinta mulheres indígenas tenha sofrido estupro por conta da invasão garimpeira em seus territórios", denuncia o religioso. 

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