Desmatamento no Cerrado em setembro bate recorde; na Amazônia, queda é de 59%
Dados foram divulgados pelo Deter, sistema do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe)
A área sob alerta de desmatamento no Cerrado em setembro de 2023 bateu o recorde de mais alto índice para o mês desde o início da série histórica. Já na Amazônia, a destruição teve uma queda de mais de 59% em comparação com o mesmo período do ano passado.
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Os dados foram divulgados nesta 6ª feira (6.out) pelo Deter, sistema do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) que reúne informações para dar suporte à fiscalização e controle do desmatamento.
No Cerrado, a área desmatada no mês passado foi de 516,73 km². A marca, quase 89% maior que em setembro de 2022 (273,41 km²), atingiu o mais alto índice de desmate já registrado pelo Deter desde 2018, início da série histórica. O recorde anterior era justamente de 2018, quando foram desmatados 451,55 km².
Na Amazônia, a destruição da floresta foi de 590,3 km², uma queda de 59,42% na comparação com setembro de 2022. Naquele ano, ainda durante a presidência de Jair Bolsonaro (PL), o bioma atingiu o mais alto número para setembro, com 1.454,7 km².
O Deter é um levantamento rápido de alertas de evidências de alteração da cobertura dos biomas feito pelo Inpe. Ele foi desenvolvido para dar suporte à fiscalização e controle de desmatamento e da degradação florestal realizadas pelo Ibama, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis.
Os números do Deter são um alerta, não o dado oficial utilizado pelo Inpe. Os dados que medem a taxa anual de desmatamento são fornecidos pelo projeto Prodes duas vezes ao ano.