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Brasil

Maioria aprova encerramento da greve da CPTM, Metrô e Sabesp em SP

Paralisação será encerrada oficialmente às 23h59 desta 3ª feira (03.out); 79% dos grevistas votou pelo fim do movimento

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Metro de SP
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Uma reunião no Sindicato dos Metroviários decidiu pelo fim da greve dos dos funcionários da SabespMetrô CPTM às 23h59 desta 3ª feira (03.out). A paralisação aconteceu em oposição aos projetos de privatização, que incluem os serviços de transporte e de saneamento básico. 

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Em assembleia marcada pelos grevistas para avaliar os rumos da luta contra os editais de terceirização e as privatizações, 79% votaram pelo encerramento e 19% para manter mais um dia. Apesar do fim da greve, a presidente do Sindicato dos Metroviários, Camila Lisboa, afirmou que a foi um "dia histórico" e que a "luta continuará".

"A nossa luta continua, contra a terceirização, contra a privatização e defender o Metrô e a CPTM públicos e de qualidade"

A greve impactou quase 2 milhões passageiros do Metrô e da CPTM durante a paralisação. A cidade de São Paulo registrou cerca de 385 km lentidão. Devido à greve, a SPTrans realizou uma operação especial de ônibus na capital paulista. Para amenizar o impacto na locomoção dos paulistanos, a prefeitura decretou ponto facultativo em todos os serviços públicos e suspendeu o rodízio de veículos.

A Linha 19-Esmeralda, que é privatizada e administrada pela Via Mobilidade, chegou a ter uma pane elétrica na tarde desta 3ª, tendo um trecho realizado pelos ônibus do sistema PAESE (Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência).

O que diz o governo

Mais cedo, o overnador Tarcísio de Freitas (Republicanos) classificou a greve como ilegal e abusiva, defendendo os estudos de privatização.

O governador ainda criticou os sindicatos de transportes por não respeitarem a liminar da Justiça do Trabalho, que determinou o funcionamento de 100% do efetivo em horários de pico (6h às 9h e 16h às 19h) e de 80% nos demais horários.

O que dizem os sindicatos

A presidente do Sindicato dos Metroviários, Camila Lisboa, afirma que o governo do estado quer "vender São Paulo para atender aos interesses de bilionários que querem lucrar com o transporte público enquanto a população sofre com o caos diário das linhas privatizadas e da falta de investimento no metrô estatal".

Ainda segundo Camila, os grevistas propuseram a liberação das catracas como uma opção para não prejudicar a população, o que foi proibido pela Justiça do Trabalho a pedido do governo. 

"Se o governador Tarcísio estivesse realmente preocupado com o transporte da população, ele teria liberado a catraca, como foi proposto desde o começo", disse ela.

O Sindicato dos Ferroviários de São Paulo, que representa os trabalhadores das linhas 7 e 10 da CPTM, afirma que a greve dos trabalhadores é legítima. Eles destacam que estão lutando contra a privatização e precarização do serviço e, além disso, contra a ida de funcionários da CPTM para as bilheterias das linhas já concedidas para a Via Mobilidade.

Ferroviários foram desviados de suas funções nas estações da CPTM para assumirem as bilheterias das linhas 8 e 9 após a empresa terceirizada responsável pela venda de passagens desistir da operação.

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