Unisa expulsa alunos que simularam masturbação em jogo de vôlei feminino
Instituição repudiou ato e disse que levou caso às autoridades públicas; entidades pedem punição
A Universidade de Santo Amaro (Unisa) afirmou, na noite de 2ª feira (18.set), que está tomando as devidas providências em relação ao caso de "masturbação coletiva" durante uma partida de vôlei feminino do curso de medicina. A instituição repudiou o ocorrido e informou que expulsou os alunos que participaram do ato já identificados.
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
"Considerando ainda a gravidade dos atos, a Unisa levou o caso às autoridades públicas, contribuindo prontamente com as demais investigações e providências cabíveis. A Unisa, com mais de 55 anos de história, repudia veementemente esse tipo de comportamento, completamente antagônico à sua história e aos seus valores", disse a universidade.
A declaração aconteceu poucas horas após o ministro da Educação, Camilo Santana, pedir que a instituição fosse notificada para apurar quais seriam as providências tomadas em relação ao episódio. "Repudio veementemente o ocorrido. É inadmissível que futuros médicos ajam com tamanho desrespeito às mulheres e à civilidade", disse o ministro.
O caso ocorreu entre 28 de abril a 1° de maio, mas ganhou repercussão apenas nesta semana, após divulgação nas redes sociais. Nas imagens, é possível ver um grupo de estudantes seminus correndo em uma quadra, em uma espécie de "volta olímpica". Em outro vídeo, os alunos se masturbam enquanto assistem a um jogo de vôlei feminino.
Em comunicado, a União Nacional dos Estudantes (UNE) classificou as cenas como "absurdas" e pediu a responsabilização dos estudantes que participaram do ato. "Não podemos tolerar que casos como esse continuem acontecendo. A nossa luta sempre será por um ambiente universitário sem machismo e sem assédio", afirmou a entidade.
+ Mais de 8 mil pessoas foram presas em megaoperação de combate ao feminicídio
O mesmo foi dito pelo Ministério das Mulheres, que reforçou que atitudes como a dos estudantes de medicina da Unisa jamais podem ser normalizadas pela população, mas combatidas com o rigor da lei. "Vamos seguir trabalhando para que as universidades sejam espaços seguros, livres de violência", disse a pasta.