Anvisa prorroga liberação de vacina contra Mpox para uso no Brasil
Decisão atende pedido do Ministério da Saúde, que continua registrando casos da doença no país
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) prorrogou a dispensa de registro para que o Ministério da Saúde continue aplicando as vacinas contra a Mpox - anteriormente conhecida como varíola dos macacos. Na decisão, a entidade alegou que a doença continua em circulação no mundo e que ainda não há tratamentos registrados.
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"No Brasil tivemos mortes ocasionadas pelo agravamento da doença. Aplicar a vacina pode beneficiar brasileiros, especialmente os que se encontram em situação de maior vulnerabilidade de saúde", disse a Anvisa. "É importante ponderar os riscos do aparecimento das doenças infecciosas emergentes e reemergentes", acrescentou.
A autorização se aplica à vacina Jynneos (EUA) ou à vacina Imvanex (União Europeia). O imunizante é destinado a adultos com idade igual ou superior a 18 anos e possui prazo de até 60 meses de validade, quando conservado entre -60°C e -40°C. Segundo a Anvisa, a prorrogação da dispensa temporária e excepcional é válida por mais seis meses.
A Mpox foi descoberta por cientistas dinamarqueses, na década de 1950, em macacos enjaulados em um laboratório. Posteriormente, o vírus foi transmitido para seres humanos e resultando em sintomas como febre, dor de cabeça, cansaço e erupções cutâneas. O surto da doença aconteceu no início e meados de 2022.
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De acordo com o último boletim do Ministério da Saúde, o Brasil já registrou 10.967 casos da doença, enquanto outros 1.874 estão sob investigação. O número de óbitos, por sua vez, chega a 16, sendo um no Pará, um em Santa Catarina, um no Maranhão, um em Mato Grosso, três em São Paulo, quatro em Minas Gerais e cinco no Rio de Janeiro.