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Hoje é o dia da Síndrome Alcoólica Fetal; saiba mais sobre o distúrbio

A data foi criada no dia 9 de setembro de 1999 para conscientizar as gestantes a não ingerir álcool na gestação

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Hoje, 9 de setembro, é o Dia Mundial de Prevenção da Síndrome Alcoólica Fetal, quadro causado ao bebê, quando a mãe, gestante, consome bebida alcoólica, mesmo que esporadicamente.

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É o caso de Ana Vitória, que hoje tem 13 anos, mas quando foi adotada teve o diagnóstico. "No processo de adoção fomos informados que teria uma criança com deficiência para adoção, e eu e meu marido, resolvemos adotar", disse Cleisa Brasil, mãe de Ana. "Eu e o pai dela começamos a procurar informações, especialistas, geneticista aqui no Acre, mas um neuropediatra de São Paulo, conseguiu identificar: Síndrome Alcoólica Fetal", completa.

Para Helenilce de Paula Fiod, coordenadora do Núcleo que estuda os efeitos do álcool em bebês e crianças, da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SBP),  "as mulheres, elas têm mais gordura corporal e menos água, então o alcool ingerido pela mulher, ele alcança a circulação materna em 60 minutos e fica como um reservatório no liquido aminiótico por mais tempo.", explica.

O líquido aminiótico é o fluido que envolve o bebê dentro do útero. Ele é engolido pelo feto durante toda a gestação. Nos três primeiros meses, o risco de consumir alcool é ainda maior, já que é nesse período que se formam as estruturas do Sistema Nervoso Central (SNC).

Não há um exame para fazer o diagnóstico da Síndrome Alcoólica Fetal. Ela costuma reunir sinais: como baixos peso e estatura, olhos em formato amendoado, ausência de um filtro nasal, essa dobra que nós temos entre o nariz e a boca, além de um lábio superior fino. Isso sem contar com os fatores comportamentais, como dificuldades de relacionamento, concentração e aprendizado, além de impulsividade.

Apesar de ser pouco identificada, a síndrome alcoolica fetal está presente em sete de cada mil bebês que nascem no mundo. É o que calcula a Organização Mundial da Saúde (OMS). A incidencia é sete vezes maior do que a da Sindrome de Down, por exemplo. No Brasil não há dados oficiais, mas pesquisadores foram a campo para avaliar a frequência de casos em uma comunidade da periferia de São Paulo. O resultado preocupou: foi quase o triplo da média mundial. O estudo feito na maternidade de Vila Nova Cachoeirinha concluiu que a cada 1000 bebês, 20 apresentavam sinais da síndrome.

"Não é o golinho que pode, é zero alcool mesmo na gestação e outra coisa importante é que os pediatras sejam treinados a reconhecer a saf e os efeitos do alcool a  longo prazo.", completa, Fiod

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