SP: Metalúrgica que explodiu em Cabreúva não tinha alvará de funcionamento
Vistoria do MP do Trabalho, realizada neste sábado (02.set), constatou irregularidades no local. Cinco funcionários morreram
Gudryan Neufert
Investigações preliminares revelaram que a metalúrgica, que explodiu na manhã da última 6ª feira (01.set), em Cabreúva, no Interior de São Paulo, não possuía alvará de funcionamento da Prefeitura da cidade.
Ainda segundo o Executivo municipal, não foi identificado o auto de vistoria dos bombeiros, o laudo de segurança contra incêndios. A indústria já havia sido multada duas vezes, devido à situação irregular.
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Uma vistoria do Ministério Público do Trabalho, realizada neste sábado (02.set), também constatou outras irregularidades no local. De acordo com um representante do MP, as caldeiras não recebiam manutenção adequada, e a indústria não possuía área de escape.
"Um equipamento bastante utilizado já. Um equipamento já muito antigo, que precisava de ser trocado por um equipamento mais recente. O que falta também é uma manutenção desses fornos e dessas caldeiras, tanto é que, talvez, um erro humano pode ter provocado essa explosão", conclui o chefe regional do Ministério Público do Trabalho, Ubiratan Vieira.
O número de vítimas da explosão ainda é incerto. Enquanto o MP fala em cinco mortes, o Governo de São Paulo confirma apenas duas. Ao todo, 30 trabalhadores ficaram feridos. Destes, 23 foram socorridos no local, sendo 8 em estado grave.
Após mais de três horas de trabalho intenso no Pronto-Socorro, todas as vítimas que estavam internadas na Santa Casa de Cabreúva deixaram a unidade. Os funcionários que deram entrada com ferimentos leves foram liberados, enquanto os apresentavam quadro graves foram transferidos para hospitais de maior complexidade, em cidades vizinhas.
