Procon proíbe 123 Milhas de vender novas passagens no DF
Diretor do órgão concedeu entrevista ao SBT e falou sobre como ficam os consumidores após empresa pedir recuperação
Fernando Jordão
O Procon local proibiu, nesta 4ª (30.ago), a 123 Milhas de vender passagens ou pacotes -- sejam eles promocionais ou não -- no Distrito Federal. Em entrevista ao programa Poder Expresso, do SBT News, o diretor do órgão, Marcelo Nascimento, explicou que a decisão foi tomada após a empresa não responder de forma satisfatória aos questionamentos feitos sobre o cancelamento de viagens, também por conta do expressivo número de clientes que procuraram o Procon para registrar reclamações contra a companhia nos últimos dias.
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
"Do dia 21 até ontem, nós já recebemos mais de 200 consumidores reclamando, abrindo reclamações. E a empresa também deixou de atender os consumidores que procuraram os canais de comunicação dela. Inclusive na data de ontem, os consumidores não conseguiram mais utilizar os vouchers que foram disponibilizados pela empresa. O consumidor entra no site, tenta utilizar o voucher e não consegue. A informação é que está temporariamente indisponível. Então, diante de todas essas circunstâncias, aliado à necessidade de defender os consumidores aqui da capital federal, nós decidimos por bem suspender as atividades da empresa, que significa a proibição de comercializar e de vender pacotes turísticos ou passagens aéreas, tanto promocionais como as não promocionais", afirmou Nascimento.
Ainda na entrevista, ele falou sobre como fica a situação dos consumidores após a empresa entrar com um pedido de recuperação judicial. "No âmbito do Procon, não [muda], porque os processos continuam em desfavor da empresa, com notificações, troca de informações para ver o que ainda pode ser feito. Agora, aquele consumidor que já foi ao Poder Judiciário, que ingressou com uma ação, ele certamente poderá ser atingido com essa medida, porque no caso de o juiz responsável deferir a recuperação judicial, ele também certamente determinará a suspensão de todos os demais processos no país por 180 dias."
Confira a íntegra da entrevista (a partir de 24min30seg):