7 de Setembro: governo tenta enxugar desfiles e bolsonaristas defendem "fique em casa"
Com estruturas nas ruas, planejamento de segurança em Brasília ainda está em negociação e deve ser sair na próxima semana
Há menos de 20 dias para o tradicional Sete de Setembro, o clima em Brasília se mostra diferente e a cerimônia promete ser mais simples do que as anteriores. O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) começou a colocar estruturas nas ruas, mas ainda não anunciou detalhes a respeito do esquema de segurança. A intenção, até o momento, é de enxugar desfiles e tornar o evento mais curto. Os detalhes serão divulgados nos próximos dias.
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A preocupação com a data da Independência desta vez é maior do que os anos anteriores. O primeiro evento do novo governo Lula vem na esteira de anos de protestos de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Com movimento que cresceu, e levou ao episódio de invasão aos Poderes em 8 de janeiro, no entanto, o discurso mudou. Nomes ligados ao bolsonarismo divulgam pedidos de "fiquem em casa", e, até o momento, nenhum ato de protesto foi registrado junto à Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal.
Nos bastidores, as informações são de que o governo quer um desfile mais compacto, reduzindo o número de participantes do evento. A Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal devem ficar de fora do tradicional percurso pela Esplanada dos Ministérios.
Fiquem em casa
Na última 4ª feira, o ex-desembarcador do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios Sebastião Coelho compartilhou um vídeo de "alertas aos brasileiros". Aposentado desde agosto de 2022, Coelho disse que o próximo 7 de Setembro poderá ser "uma nova armadilha, como foi no 8 de janeiro".
No vídeo, compartilhado por ele nas redes sociais, ele disse apra que os servidores fiquem em casa no dia da Independência.E, caso queiram sair, utilizem cores pretas, que representariam "luto pelo país". "Pegue sua família, vá para um parque, vá passear. Pastores, padres, façam um evento em sua igreja e explique para os jovens, principalmente, por que não temos nada a comemorar no dia 7 de Setembro", declarou. O posicionamento dele, no entanto, não é unânime entre bolsonaristas.