Ato em Copacabana marca 10 anos do desaparecimento do pedreiro Amarildo
13 policiais foram condenados pelo crime, mas ganharam liberdade condicional; corpo nunca foi encontrado
A ONG Rio da Paz marca os 10 anos do desaparecimento de Amarildo Dias de Souza com um ato na Praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio, nesta 5ª feira (13.jul). A família do pedreiro participa do protesto.
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Em 14 de julho de 2013, câmeras de segurança registraram quando policiais militares retiraram Amarildo de um bar, na Favela da Rocinha, e levaram o pedreiro para averiguações. O corpo dele nunca foi encontrado. Ao todo, 13 policiais foram condenados pela morte de Amarildo, mas ganharam liberdade condicional após cumprirem parte das penas.
Em decisão publicada ontem, 4ª feira (12.jul), o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro determinou que o Governo do Estado deverá pagar, integralmente, a indenização à viúva de Amarildo, Elizabeth, aos seis filhos do casal e também a uma irmã da vítima. No total, serão R$ 3,6 milhões.
"Dinheiro não vai trazer mais ele, mas, pelo menos, dá um conforto para família. Porque eles que erraram com a família. Não foi a família que errou com o Estado. Ainda sumiram com o corpo de Amarildo, sem podermos enterrar nada", lembra Elizabeth Gomes, viúva do pedreiro.
No ato de hoje, um enorme pano transparente foi estendido na areia onde os voluntários da ONG estão embaixo, fazendo alusão aos 5 mil desaparecidos que o Rio registra por ano, parte desses assassinados e cujos corpos jamais foram encontrados. Há também um manequim com a máscara de Amarildo, que ficará até o final da manifestação, marcada para terminar às 13h.