Polícia prende quatro pessoas por lavagem de dinheiro para milícia do Rio
Um dos presos, apontado como chefe da quadrilha, levava uma vida de luxo e ostentação
Liane Borges
A polícia prendeu quatro homens envolvidos num esquema de lavagem de dinheiro que financiava a maior milícia do estado do Rio de Janeiro. Um dos presos, apontado como chefe da quadrilha, levava uma vida de luxo e ostentação.
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A vida de ostentação não era compatível com o lucro de postos de gasolina e lojas de conveniência. A movimentação de dinheiro chamou a atenção da polícia, que chegou à quadrilha de milicianos, acusados de lavagem de dinheiro.
O chefe do bando, Cleber Oliveira da Silva -- o Clebinho, foi preso em casa, na madrugada desta 5ª feira. No apartamento dele, a polícia apreendeu dois fuzis, munição e joias. Segundo as investigações, seriam parte do patrimônio do grupo paramilitar chefiado por Luiz Antonio da Silva Braga, o Zinho, que atua na zona oeste do Rio.
Um policial militar na ativa e um ex-PM também foram presos, com armas sem registro. Outro detido foi um mototaxista, acusado de avisar os suspeitos sobre a operação da delegacia especializada em combate ao crime organizado.
O bando acumulou muita riqueza com a cobrança de taxas de segurança, agiotagem, extorsão, entre outros crimes. A Justiça determinou o sequestro de bens e o arresto de valores até R$ 93 milhões dos suspeitos.
Ao todo, foram cumpridos 42 mandados de busca e apreensão em vários endereços, no Rio e em Minas Gerais. Entre os materiais recolhidos para a perícia, estão relógios de luxo, carros importados, embarcações e imóveis de alto padrão em nome de outras pessoas também geraram desconfiança da polícia. A suspeita é que depósitos eram feitos em espécie nas contas de várias empresas, de forma fracionada, para dificultar o rastreamento.
"Em, torno de 24 pessoas físicas e jurídicas tiveram seus bens bloqueados. Nós também pedimos agora quebra de sigilo bancário e sigilo fiscal pra avançar nas investigações pra colher o maior número possível de elementos", diz o delegado Ricardo Carraretto.
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