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Brasil

Quadrilha montava falsas blitze para sequestrar motoristas na Baixada Santista

Imagens exclusivas mostram momento da prisão do chefe da organização criminosa

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Os repórteres Fábio Diamante e Robinson Cerantula registraram, com exclusividade, o momento da prisão do chefe de uma quadrilha de sequestradores que agia na Baixada Santista.

A operação contou com policiais da divisão anti-sequestro. Usando um helicóptero, os agentes sobrevoaram a comunidade Vila Esperança, em Cubatão, no litoral paulista. O alvo principal era João Lucas da Silva Monteiro, de 24 anos - líder da organização criminosa.

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O criminoso gostava de ser chamado de "professor", uma alusão ao personagem principal da série espanhola 'La Casa de Papel'. João Lucas tinha a foto do ator Álvaro Morte no aplicativo de mensagens usado para negociar os resgates.

Ele e os comparsas agiam na Rodovia Piaçaguera-Guarujá, que liga a capital ao litoral paulista. Em carros roubados, com giroflex - que são sirenes usadas em viaturas -, os sequestradores abordavam os veículos na subida da serra. Os criminosos usavam coletes da Polícia Civil e roupa camuflada. Eles assumiam o volante e levavam as vítimas para o cativeiro.

"Para as favelas, às vezes, em casas. Uma delas, nós encontramos, inclusive. E, às vezes, no mato, em baixo de uma lona com estrutura de madeira. Mantinham essas vítimas, fazendo uma movimentação financeira nos celulares delas", relata o delegado Fábio Nelson Fernandes.

As vítimas eram sempre casais que voltavam da praia em direção à Grande São Paulo. Só a divisão anti-sequestro investiga 4 casos com 8 vítimas, no total. A quadrilha escolhia os alvos pelo tipo e valor do carro que usavam.

Nas buscas, os investigadores encontraram os coletes da Polícia Civil e as roupas usadas para enganar as vítimas. O fuzil era uma réplica de brinquedo. Em alguns casos, o bando cobrava resgate individual para libertar as vítimas; uma de cada vez.

"Ligavam para as famílias dessas pessoas sequestradas, e exigiam valores como preço do resgate", acrescenta o delegado.

Os sequestros duravam, em média, 3 dias. Além de João Lucas, outros 2 criminosos foram presos, na Baixada Santista. Entre eles, uma mulher que cuidava das contas bancárias que recebiam o dinheiro dos resgates.

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