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Da porta do quartel ao Congresso: como foi o ato golpista em Brasília

Invasores depredaram Congresso, Palácio do Planalto e STF neste domingo

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Após dias combinando uma invasão ao Congresso Nacional através de aplicativos de mensagens, manifestantes golpistas saíram da frente do QG do Exército em Brasília e se dirigiram para o ato na Esplanada dos Ministérios, no início da tarde deste domingo (8.jan).

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Cerca de duas horas depois, os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) furaram o bloqueio policial e se dirigiram ao Congresso Nacional. Sabendo da possibilidade de invasão, o ministro da Justiça, Flávio Dino, autorizou o uso da Força Nacional para reprimir o ato, mas a medida não teve efeito nenhum.

Imagens que circulam nas redes sociais mostram policiais militares agindo amigavelmente com os golpistas.

A primeira atitude dos golpistas foi subir a rampa do Congresso e ocupar o teto do prédio. Momentos depois, os criminosos conseguiram invadir o local, iniciando os atos de vandalismo.

Com a depredação do Congresso em curso, os golpistas ampliaram os atos de terrorismo para o Palácio do Planalto e para o Supremo Tribunal Federal (STF).

Após a repercussão da invasão e da atitude pacífica dos policiais, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), exonerou o secretário da Segurança Pública, Anderson Torres.

A suposta omissão das forças de segurança também foi alvo da Advocacia-Geral da União, que pediu a prisão de Torres.

Quase três horas após as invasões, o presidente Lula (PT), que estava em Araraquara, no interior de São Paulo, fez seu primeiro pronunciamento sobre o caso e determinou intervenção federal na segurança do Distrito Federal.

De acordo com o presidente, o que aconteceu na tarde deste domingo foi uma "barbárie", com vândalos destruindo "o que viram pela frente".

Ele ainda afirmou que todos os golpistas serão identificados e punidos. O petista disse que o governo também vai descobrir quem são os financiadores por trás da invasão.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que acompanhava o ataque golpista, afirmou que trabalharia para identificar e condenar o maior número possível de golpistas envolvidos no caso.

Com o aumento do efetivo policial para reprimir os criminosos, Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF) foram retomados e os vândalos foram dispersos.

Já de noite, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, afirmou que ao menos 400 criminosos foram presos em flagrante. Os detidos foram conduzidos para o Departamento de Polícia Especializada (DPE) da Polícia Civil, que confirma a prisão de apenas 300 pessoas.

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