Suspeita de fingir ter leucemia recebeu pelo menos R$ 12 mil em doações
A suspeita é de que o valor seja ainda maior; Débora ainda será ouvida pela Polícia Civil de Goiás
Marianne Paim
A camareira Débora Barros dos Santos, de 26 anos, suspeita de ter aplicado um golpe em Pirenópolis (GO), recebeu pelo menos R$ 12 mil em doações. As informações foram confirmadas ao SBT News pelo delegado Tibério Cardoso, da Polícia Civil, que afirmou que o valor pode ser maior.
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Ela é acusada por colegas de trabalho de aplicar um golpe ao afirmar ter leucemia e precisar de dinheiro para custear o tratamento da doença.
De acordo com ele, um grupo de funcionários de uma pousada da cidade procurou a polícia para denunciar que poderiam estar sendo vítimas de estelionato pela colega de trabalho. Até o momento, a investigação afirma que mais de 100 pessoas foram vítimas.
Questionado sobre o paradeiro de Débora, o delegado afirmou ainda que atualmente ela se encontra em uma cidade do Maranhão. "Ela está na casa do pai, que vive no Maranhão. Ele disse que está a disposição da polícia para ajudar no esclarecimento do caso", completou.
Em nota, a Polícia Civil afirma que foi aberto inquérito e Débora é considerada suspeita. Segundo a polícia, ela ainda será ouvida.
O SBT News entrou em contato com Débora e não teve retorno.
Relembre o caso
O caso foi denunciado para a Polícia Civil por um dos lesados, mas o número de pessoas que caíram no golpe passa de 200. Em uma publicação no Facebook, Ana de Sá, uma das vítimas, explicou com detalhes como a jovem agiu para fazer com que todos acreditassem na doença. Segundo o relato da mulher, Débora começou a pedir ajuda financeira após revelar que tinha leucemia e que não conseguia arcar com os custos do tratamento. Ela alegava que o plano de saúde não cobria as despesas com exame e remédios.
A história sensibilizou não só os colegas de trabalho como pessoas próximas, e até mesmo o namorado da jovem, que passaram a realizar vaquinhas, rifas e transferências bancárias para ajuda-lá. O grupo, porém, começou a desconfiar da doença porque Débora, apesar de dizer estar debilitada, não aceitava ser levada ao hospital e não deixava as pessoas a acompanharem nas supostas consultas.
Ainda segundo o relato, ela chegava a fingir sangramentos no nariz e ouvido para fazer com que as pessoas caíssem no golpe. Três amigas teriam feito, até mesmo, uma tatuagem em sua homenagem.
A fraude só foi descoberta depois que o namorado de Débora foi pessoalmente ao hospital e descobriu que ela não era paciente do local.
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